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Notícias / Jeffrey Dahmer

Em rara entrevista de 1993, Jeffrey Dahmer falou abertamente sobre os cruéis crimes

Para a televisão norte-americana, o assassino em série não demonstrou remorsos dos assassinatos e desmembramentos

Wallacy Ferrari Publicado em 22/09/2022, às 17h35

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Jeffrey Dahmer durante entrevista - Divulgação / CBS
Jeffrey Dahmer durante entrevista - Divulgação / CBS

Em 1991, a prisão do serial killer Jeffrey Dahmermobilizava os Estados Unidos após as descobertas de cruéis ações do rapaz durante a realização de 17 crimes hediondos, assassinando homens entre os anos de 1978 e 1993 e mantendo parte de seus corpos dentro de freezers e os conservando na própria residência.

Sua prisão e processo posterior revelou suas atrocidades, mesmo que ele se mantivesse em silêncio durante as tenebrosas acusações, que contaram com sobreviventes de seu ataque. Contudo, dois anos depois, uma reveladora entrevista de Dahmer no programa ‘Inside Edition’, da emissora norte-americana CBS, enfatizou sua frieza em meio aos macabros óbitos.

Na ocasião, ele revelou que sua primeira vítima tinha apenas 18 anos, iniciando uma obsessão pata matar nos 13 anos seguintes, passando pela faculdade, exército e viajando pelo país até se estabelecer em Milwaukee. Mas revelou na entrevista que, desde a primeira ocasião, sabia que era um ato incorreto.

Eu sempre soube que estava errado, mas o primeiro assassinato não foi planejado. [...] Ninguém tinha a menor ideia do que estava acontecendo por mais de uma década”, revelou.

Sem remorso

O assassino em série apontou que não tinha nojo ou manifestava chateação ao esquartejar as vítimas, acrescentando que, após matar as primeiras vítimas, sentiu "curiosidade" de desmembrá-los, guardando o que considerava predileto.

Mantive a cabeça mumificada e o crânio de uma das minhas vítimas em uma maleta no meu armário no trabalho. [...] Isso é o quão forte era a compulsão. Isso é o quão forte era o desejo. Eu queria manter a pessoa comigo", manifestou.

Dahmer também não teve receio de assumir seus assassinatos, acrescentando que não via mais sentido em tentar esconder essas ações, fazendo questão de auxiliar a polícia para a investigação: “O melhor caminho foi ajudar a polícia a identificar todas as vítimas e fazer uma confissão completa”.

Fim de Dahmer

A entrevista foi uma das últimas aparições conhecidas do serial killer, que recebeu uma autorização especial da Justiça norte-americana para fazer a participação na atração jornalística. Após o término da conversa, ele foi novamente integrado ao complexo da Columbia Correctional Institution.

Jeffrey não mantinha uma boa fama, dentro e fora do complexo prisional. Na sociedade externa, era visto como uma ameaça humana repudiável. Dentro da penitenciária, também, evitado por outros presos e constantemente protagonizando brigas com detentos. Um deles foi Christopher Scarver, que não deixou barato.

Ele esperou até que Dahmer e ele estivessem sozinhos e tirou recortes de jornais do bolso que mostravam os crimes cometidos por Jeffrey. “Eu perguntei se ele tinha feito aquelas coisas porque eu estava terrivelmente enojado. Ele ficou chocado, e começou a procurar a porta bem rápido. Eu o impedi”, contou Scarver ao New York Post em 2015.

Foi então que Christopher pegou uma barra de ferro que havia arrancado da academia da instituição e matou o serial killer com duas pauladas na cabeça. Ele ainda acredita que não foi por um acaso que não havia nenhum guarda prisional por perto naquele momento, afirmando que eles também queriam Dahmer morto.

Scarver recebeu mais duas prisões perpétuas, e também alegou em 2015 que passou 16 anos em confinamento solitário como punição por assassinar o serial killer.