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Matérias / Brasil

Quem era a primeira-dama durante o impeachment de Collor?

Protagonista de declarações polêmicas após a separação do ex-presidente, ela marcou a história da política brasileira

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 29/12/2022, às 13h00

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Collor e a primeira-dama Rosane, durante passeio de bicicleta - José Cruz/Agência Brasil
Collor e a primeira-dama Rosane, durante passeio de bicicleta - José Cruz/Agência Brasil

Em 1992, um polêmico processo de impeachment instaurado contra o então Presidente da República, Fernando Collor de Mello, se instaurava em decorrência de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, popularmente conhecida pela sigla CPI, que levou em conta as denúncias do irmão do presidente, Pedro Collor, sobre um suposto esquema de caixa dois, para a revista Veja.

Ao longo de meses, o chefe de estado teve de enfrentar as acusações do Congresso Nacional e, antes de sua renúncia, em 29 de dezembro daquele ano, ainda ficou dois meses afastado. O contraste das acusações de corrupção era nítido quando comparado a sua campanha, conduzida pela chamada “caça aos marajás”, ou seja, aos “encostados” dos serviços públicos, manifestando ser anticorrupção.

Contudo, se engana quem acredita que o político atravessou as queixas e acusações sozinho; Fernando teve ao seu lado, durante todo o período de campanha, eleição e queda no cargo máximo do Poder Executivo, a esposa Rosane, uma das mais jovens primeiras-damas da história do país, justamente acompanhando o presidente mais jovem eleito, aos 40 anos.

Ela, por sua vez, assumiu a posição aos 26 anos de idade e, no ponto mais temerário do processo de impeachment, tinha apenas 28, sendo um dos alicerces das muitas aparições públicas de um presidente que não apenas se mostrava ativo politicamente, mas multitarefa, praticando esportes regularmente e até caminhadas regulares no entorno de sua residência.

Quem era Rosane?

Natural de Canapi, do sertão de Alagoas, vinha de uma família bem colocada na política local, assim como a do companheiro; seu tio-avô, Euclides Malta, foi governador de Alagoas por dois mandatos, como contou à revista Marie Claire em 2001.

Casou-se com o político aos 19 anos, em 1984, após dois de namoro, mas não conseguiu ter filhos com o líder até a separação, em 2005. Contudo, o acompanhou enquanto governador de Alagoas e durante todo o período presidencial e inelegível. 

Dias depois da posse do marido, inclusive, tornou-se presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), organização fundada por outra primeira-dama, Darcy Vargas, esposa de Getúlio. No cargo, chegou a se encontrar com Diana Spencer quando casada com o príncipe e atual rei Charles III, além de participar de viagens internacionais oficiais.

Sua administração no cargo, no entanto, se encerrou um ano antes da renúncia de Collor, em meio a um escândalo denunciado pelo Jornal do Brasil atribuindo uma compra superfaturada de leite pela LBA. Contudo, foi absolvida em 2000 pelo Supremo Tribunal Federal. Sua última tacada política se deu em 2018, quando se candidatou a deputada estadual de Alagoas, sem êxito.