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Matérias / Primeira Guerra Mundial

Revanchismo e indenizações: Há 102 anos, era assinado o Tratado de Versalhes

O controverso tratado assinado no dia 28 de junho de 1919 se deu como um acordo de paz entre a Tríplice Entente e a Alemanha

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/06/2021, às 14h17 - Atualizado às 15h32

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Pintura Assinatura do Tratado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes - Domínio Público/Imperial War Museum Collections
Pintura Assinatura do Tratado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes - Domínio Público/Imperial War Museum Collections

Após o fim da Primeira Guerra Mundial, que se deu em 1918, diferentes acordos de paz foram assinados pelos representantes das nações envolvidas, sendo o principal deles o Tratado de Versalhes, acordado na chamada Conferência de Paz de Paris.

O episódio teve início no dia 18 de janeiro e contou com delegações de 25 países. Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália foram os grandes líderes do acordo, que não contou com a Alemanha, impedida de participar.

Como o acordo culpou os alemães e seus aliados pelo resultado catastrófico da guerra, estes sentiram-se enormemente humihados. De acordo com o historiador David Stevenson, houve descontentamento também entre os franceses, que, na época, acharam os termos leves demais. Apesar de polêmico, foi assinado no dia 28 de junho de 1919.

Os responsáveis pela guerra

Conforme o Brasil Escola, enquanto o artigo 231 dizia que a Alemanha e seus aliados eram os únicos responsáveis pelo conflito, o 232 determinava que o país deveria pagar pelos prejuízos da guerra, por mais que os franceses e os britânicos soubessem que eles não tinham recursos suficientes para isso.

Representantes do Reino Unido, França e Itália / Crédito: Domínio Público/Edward N. Jackson

Condições impostas pelo tratado

O acordo determinou que a Alemanha deveria devolver os territórios da Alsácia e Lorena aos franceses e se desfazerem de outras localidades. No fim, o país perderia 13% de sua extensão e 10% de sua população.

No âmbito militar, os alemães foram obrigados a tomar uma série de medidas. O número de componentes do exército estaria, a partir de então limitado a 100 mil, além de que recrutamentos estariam proibidos.

Indo além, marinha, aviação, tanques e artilharia pesada também passaria a ser proibido.

Por último, o tratado determinava que a região da Renânia deveria permanecer desmilitarizada e as construções militares que lá existiam, demolidas.

A Sala dos Espelhos, em Versalhes / Crédito: Getty Images

Indenização

Todas as medidas anteriormente citadas geraram polêmicas, mas nenhuma delas foi tão grande quanto a que se tratava da indenização.

De início, os termos estipularam que os alemães deveriam pagar em torno de 20 bilhões de marcos alemães em ouro, na época, valor que deveria ser pago até abril de 1921.

Contudo, mais tarde, os representantes da França e do Reino Unido passaram a exigir mais de 200 bilhões de marcos em ouro, um valor tão alto que a última parcela da indenização seria paga apenas em 2010.

Os alemães também tiveram de abrir mãe de dois milhões de toneladas de navios mercantes, além de cinco mil locomotivas. Também perderam 136 mil vagões junto a 24 milhões de toneladas de carvão.

Por ser um tratado tão controverso, os EUA optaram por não reconhecê-lo, enquanto os alemães consideraram-no humilhante, o que deu margem para o surgimento do nazismo tempos depois.


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