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Matérias / Estados Unidos

As revelações do filho do político Budd Dwyer, que morreu ao vivo na TV em 1987

Acusado de corrupção, o político morreu em frente às câmeras e inúmeros jornalistas, deixando esposa e filhos pequenos

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 27/03/2023, às 17h00

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Montagem entre Budd com revólver e o filho, Robert - Divulgação / Vídeo / YouTube
Montagem entre Budd com revólver e o filho, Robert - Divulgação / Vídeo / YouTube

Em 22 de janeiro de 1987, o então tesoureiro do Estado da Pensilvânia, R. Budd Dwyer, chamou uma coletiva de imprensa para anunciar sua renúncia. Mas o que aconteceu a seguir chocou o mundo: Dwyer, diante das câmeras, sacou uma arma e se tirou a própria vida.

A tragédia deixou muitos se perguntando: por que um homem que parecia ter tudo na vida, incluindo um cargo importante no governo e uma família amorosa, tomaria uma medida tão extrema?

O fato é que a vida de Dwyer não era tão perfeita quanto parecia; ele fora acusado de receber propinas e estava prestes a ser julgado por corrupção. O tesoureiro sempre negou as acusações, mas sua reputação estava manchada, além de estar próximo a ser condenado e prestes a ter sua trajetória profissional e suas finanças arruinadas.

Ele também estava lutando contra a depressão. Ele explicou a situação em cartas distribuídas aos jornalistas que, momentos depois, presenciaram Budd atirar contra o próprio cérebro. Em uma carta que deixou para sua esposa, ele escreveu: "A dor é maior do que jamais pensei que pudesse ser".

Budd Dwyer durante a sua declaração / Crédito: Divulgação / Vídeo / Youtube

Em sua última carta pública, escrita antes da coletiva de imprensa, Dwyer afirmou que era inocente das acusações de corrupção e que a verdade acabaria sendo revelada. Ele também pediu aos espectadores que não culpassem sua família pelo que estava prestes a acontecer, declarando, antes de puxar o gatilho, que amava a companheira e os filhos, sendo eles Dyan, apelidada de DeeDee, e Rob, o único garoto.

Rob explica impacto

No ano de 2017, Robert Junior, o filho que herdou o nome completo do pai, decidiu falar sobre o caso após exatos 40 anos de silêncio, concedendo uma entrevista ao jornal britânico Daily Mail. Longe da carreira que Budd seguiu e se popularizou, o rapaz levava uma vida longe da atuação política, por mais que a mídia e o poder executivo o assombrassem por anos.

Rob tinha 21 anos quando o caso ocorreu, decidindo expressar publicamente seus sentimentos aos 51 anos. Sem pautar se considerava o pai inocente ou não, ele deixou claro que, apesar de ser o objetivo do pai, ser filmado durante o ato de suicídio e ter as imagens em exibição contínua através dos anos foi um ato de "sensacionalismo" e desrespeito à sua família.

Depois da morte, ele acrescentou que sua mãe, Joanne, teve todos os benefícios pela morte do marido, totalizando mais de US$ 1,28 milhão, pensão que não seria repassada caso Budd fosse considerado culpado, além do prejuízo com advogados. Por isso, muitos levantaram boatos de que o ato foi feito para preservar a segurança financeira da esposa e dos filhos.

+Conheça o caso completo do suicídio de Budd Dwyer clicando aqui;

Rob, no entanto, descarta a possibilidade, afirmando que a mídia e a Justiça o pressionou de forma a desenvolver doenças psicossomáticas: "Eu diria a qualquer um que pensa em suicídio que as cicatrizes e o impacto emocional que isso deixa naqueles que ficam para trás são imensos. [...] Acho que minha mãe nunca se recuperou totalmente”.


*Se você precisa de apoio emocional, o Centro de Valorização da Vida está disponível 24 horas por telefone no número 188.