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Matérias / Domitila

A saga de Domitila, a favorita de Dom Pedro I

Durante o período imperial, ela era amante do príncipe regente em meio ao conturbado relacionamento com d. Leopoldina

Rodrigo Trespach Publicado em 06/09/2022, às 10h57

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Marquesa de Santos, por Francisco Pedro do Amaral, 1826 - Domínio Público
Marquesa de Santos, por Francisco Pedro do Amaral, 1826 - Domínio Público

Paulista, Domitila tinha 24 anos em 1822. Embora proveniente de uma família com alguma influência e importância, não tinha boa formação, e, a julgar pelos relatos, era bonita. Segundo um estrangeiro que a conheceu no Rio, Domitila tinha o “rosto regular e formoso e pele desusada alvura da tez”.

Correspondendo ao padrão estético da época, e era “uma mulher verdadeiramente
bela, de acordo com a fama de que gozam as paulistas”. Quando o príncipe regente chegou a São Paulo, Domitila estava envolvida em um complicado caso de divórcio. Casada aos 15 anos de idade com o alferes mineiro Felício Pinto Coelho Mendonça, nove anos mais velho que ela, tinha dois filhos e um histórico de maus-tratos e violência doméstica.

Em 1819, a situação passara dos limites. Segundo os autos do processo, Felício a encontrou “resvalada aos pés de um fauno”, o coronel Francisco de Assis Lorena, e por isso a esfaqueou duas vezes, na barriga e na coxa. O marido foi preso, Domitila sobreviveu e, assim, teve início a disputa pela guarda dos filhos.

Depois do primeiro contato com d. Pedro, em agosto de 1822, ela mudou-se para o Rio de Janeiro em 1823 e durante os seis anos seguintes daria cinco filhos ao imperador. Em cartas íntimas, os amantes assinavam como “Titília” e “Demonão”, entre muitos outros apelidos românticos ou “picantes” – d. Pedro chegou a enviar pelos pubianos junto das cartas.

O relacionamento, porém, foi muito além da alcova. Com o título de marquesa, Domitila era conhecida como “favorita” e por ser o “canal de promoções” de quem pretendia favores do monarca. O agente diplomático sueco escreveu que “ela tudo dirige e não se incomoda, para enriquecer, de tirar partido de sua influência”.

O diplomata alemão, por sua vez, afirmou que Domitila procurava “tirar todas as vantagens possíveis” de sua posição, sem se dar ao trabalho de esconder suas intenções. Em 1829, no entanto, viúvo e com dificuldades de encontrar uma segunda esposa devido ao comportamento pouco decoroso, d. Pedro foi forçado pelas circunstâncias a romper com a amante.

Ela retornou a São Paulo e se casou com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Faleceu em seu solar, na antiga Rua do Carmo (atual Rua Roberto Simonsen), antes de completar 70 anos, em 1867.


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