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Matérias / Stillwater - Em Busca da verdade

Stillwater - Em Busca da verdade: Veja a história real que inspirou o filme

Sucesso na Netflix, Stillwater - Em Busca da verdade retrata a história de um pai que tenta buscar evidência para livrar a filha de uma acusação de assassinato

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 17/01/2024, às 12h12 - Atualizado em 20/01/2024, às 13h58

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Cena do filme Stillwater - Em Busca da verdade - Divulgação
Cena do filme Stillwater - Em Busca da verdade - Divulgação

Funcionário de uma plataforma de petróleo em Oklahoma, nos Estados Unidos, Bill Baker (Matt Damon) vê a vida virar de cabeça para baixo ao visitar sua filha na França. Lá, ele descobre que ela está presa após ser acusada de um crime que alega não ter cometido. Encarando obstáculos, Bill decide ficar no país para provar a inocência de sua filha.

Esta é a sinopse de Stillwater - Em Busca da verdade. Disponibilizado no catálogo da Netflix recentemente, o filme, lançado em 2021, ocupa o top 10 dos mais assistidos entre brasileiros na plataforma de streaming. 

Com uma narrativa eletrizante, muitos podem se perguntar se existe uma história real por trás do filme. Em entrevista a Vanity Fair, Tom McCarthy, diretor, explicou que a premissa do filme é inspirada na história de Amanda Knox. Ela, que estudava na Itália, se tornou suspeita de um crime após sua colega de quarto, a britânica Meredith Kercher, ter sido encontrada morta em 2007.

Presa por um crime que não cometeu, Knox apenas foi absolvida do assassinato em 2015. No caso dela, o seu pai, Curt Knox, se tornou o seu maior defensor durante o tempo em que ela esteve presa.

Ele ficou impressionado com a história da jovem e imaginou como seria viver tudo aquilo. Acompanhado de perto tudo que envolvia o caso, a história o inspirou.

“Havia tantos personagens em torno do caso que eu realmente acompanhei de perto”, explicou McCarthy ao veículo em 2021. "Mas, na verdade, a primeira coisa que tirei disso foi como seria, para um estudante americano, ir [para a Europa] para o que deveria ser um dos momentos mais emocionantes da vida de um jovem adulto e se encontrar naquela tragédia? Havia tantas camadas nessa história que mantinham qualquer um que a acompanhava bastante fascinado…. Quem são as pessoas que a visitam e quais são essas relações? Tipo, qual é a história em torno da história?". 

Amanda Knox - Getty Images

No entanto, vale destacar, a história de Amanda foi apenas um ponto de partida para o diretor. "Decidimos: ‘Ei, vamos deixar o caso Amanda Knox para trás'", disse McCarthy. "Mas deixe-me pegar este pedaço da história - uma mulher americana que estuda no exterior envolvida em algum tipo de crime e acaba na prisão - e ficcionalizar tudo ao seu redor."

Críticas

Absolvida do crime, Amanda retornou aos Estados Unidos com o pai, no entanto, encarou novos obstáculos. A sua família teria acumulado mais de US$ 1 milhão em despesas legais. Em 2017, Christopher Robinson, então namorado da jovem, afirmou que ela ainda encarava dificuldade financeira mesmo após um contrato de quase US$ 4 milhões com uma editora.

"Esses US$ 3,8 milhões já acabaram", afirmou ele à People. "Ela pagou aos pais e à avó, que fizeram hipotecas para se mudarem para a Itália durante o caso e pagaram aos advogados. E ela ainda tem contas legais enormes".

Além disso, Knox também foi indenizada pela Itália. Doze anos após sua prisão, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos alegou que a jovem teve seus direitos violados no momento em que as autoridades não disponibilizaram um advogado ou tradutor adequado enquanto ela esteve detida. Assim, foi ordenado que ela recebesse US$ 20 mil por danos sofridos.

Em 2021, através de sua conta no X, o antigo Twitter, Amanda fez uma série de publicações sobre o longa. Além disso, em texto para a The Atlantic, ela desabafou e acusou o filme de querer lucrar com a sua história. Ela também afirmou que não autorizou que o filme fosse feito com base em sua história.

"Meu nome pertence a mim? Meu rosto? E quanto à minha vida? Minha história? Por que meu nome é usado para se referir a eventos dos quais não participei?", escreveu ela. "Volto a essas perguntas repetidamente, porque continuam a lucrar com minha identidade e meu trauma, sem meu consentimento".