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Matérias / Múmias

Mumificado dentro de uma árvore há 50 anos: a inusitada saga do cachorro Stuckie

O animal de caça passou 20 anos preso dentro de um tronco até ser encontrado, na década de 1980. Hoje, ele se tornou uma curiosa atração do museu de Southern Forest World

Isabela Barreiros Publicado em 29/12/2020, às 00h00

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A múmia do cão Stuckie - Divulgação/Southern Forest World
A múmia do cão Stuckie - Divulgação/Southern Forest World

Quando madeireiros estão realizando seu trabalho diário de cortar árvores, o esperado é que eles encontrem ninhos de pássaros e até mesmo alguns objetos estranhos dentro dos troncos dos espécimes. No entanto, não foi isso o que aconteceu com uma equipe na década de 1980.

Funcionários da Georgia Kraft Corp. estavam trabalhando em um bosque de carvalhos ao sul da Geórgia quando foram surpreendidos por uma descoberta insólita. Como sua rotina comum, eles cortaram o topo de uma das árvores do local e estavam levando o pedaço para o caminhão de transporte. Porém, um dos madeireiros resolveu olhar o que estava dentro do tronco e encontrou — inesperadamente — uma múmia.

Ainda assim, não se tratava da múmia de uma pessoa, o que é o mais comum na nossa imaginação. O corpo mumificado encontrado na Geórgia era de um cachorro, que havia morrido pelo menos 20 anos antes de ser encontrado novamente.

Pedaço do tronco onde Stuckie está preso / Crédito: Divulgação/Southern Forest World

O cão mumificado quase foi transformado em palha, mas, ao ser descoberto, levantou o interesse e a curiosidade dos responsáveis pelo local. Todos estavam entusiasmados com a ideia de descobrir os motivos que teriam levado o animal a permanecer daquela maneira por tanto tempo. A visão incomum instigou os pesquisadores da região, que imediatamente foram buscar explicações para o achado.

Os restos permitiam a visão quase perfeita do animal mumificado, que ainda levava seus grandes dentes à mostra, em uma clara luta por sobrevivência. Como era um cão de caça, os especialistas chegaram à conclusão de que ele provavelmente estava correndo atrás de algum animal que, para escapar dele, entrou no tronco do carvalho.

Insistente, o cachorro começou a subir a árvore, escalando mais metros do que seria considerado o normal para um animal com seu tamanho e habilidade. A corrida para cima fez com que o caminho ficasse cada vez mais estreito. Nesse momento, Stuckie, como passou a ser carinhosamente chamado, ficou, como diz seu próprio nome, preso.

De acordo com o estudo realizado tanto na árvore quanto na múmia do animal, ele chegou em um ponto do carvalho onde ele se encaixou efetivamente, ficando incapaz de se mover. A caçada por um esquilo ou guaxinim tirou a vida de Stuckie, que morreu pouco tempo depois de ficar preso, na década de 1960.

A mumificação de Stuckie

Mas isso ainda não responde como o filhote de cão teve seu corpo mumificado dentro do centro da árvore, após perseguir sua presa por um buraco observado por ele nas raízes, ainda no chão. Na verdade, foi uma série de coincidências que fez com que tal situação acontecesse.

Detalhe do corpo mumificado de Stuckie / Crédito: Divulgação/Southern Forest World

Quando qualquer ser vivo morre, o esperado é que o corpo sucumba à decomposição. Ou, se outro animal maior aparecer, sabe-se que é possível que ele se torne seu alimento. No entanto, nenhum desses cenários foi observado após a morte do cachorro.

Para a primeira questão, sabe-se que os carvalhos encontrados no bosque em questão, localizado na Geórgia, possuem taninos, uma substância usada na taxidermia e também para tratar peles de animais. Na árvore, ela é responsável por proteger plantas e frutos dos animais herbívoros. Ou seja, Stuckie ficou preso em um local muito propício para o processo natural de mumificação, que acabou ocorrendo com ele.

Quanto à segunda opção possível para o cenário após a morte do cão, a de animais predadores, isso também não poderia acontecer. Ele estava alocado em um local muito alto para que qualquer animal que estivesse no chão conseguisse alcança-lo. Mesmo que fosse capaz de subir, não conseguiria tirá-lo do lugar estreito em que estava. A altura também colaborava para que os possíveis caçadores não sentissem seu cheiro.

Percebe-se, assim, que o local era muito conveniente para que o cachorro fosse transformado em múmia. Depois da descoberta e das subsequentes pesquisas, a “tumba” de madeira e o corpo foram colocados em exposição no museu do Southern Forest World. Quando é questionado pelas pessoas que observam o peculiar artefato, o diretor do local, Brandy Stevenson, apenas diz: “bem, ele era um cão de caça. Talvez ele estivesse atrás de um guaxinim”.


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