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Matérias / Brasil

Tema do Linha Direta: O que disse o serial killer de Curitiba em depoimento?

José Tiago Soroka é responsável pela sequência de mortes de homossexuais durante a pandemia de covid-19

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 01/06/2023, às 20h00 - Atualizado em 02/06/2023, às 17h53

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José Tiago em depoimento e sendo levado para polícia - Divulgação / Vídeo / YouTube
José Tiago em depoimento e sendo levado para polícia - Divulgação / Vídeo / YouTube

Transmitido pela TV Globo, o Linha Direta da última quinta-feira, 1º, apresentou a investigação sobre o caso do serial killer de Curitiba em seu quinto episódio. Após abordar os casos de Eloá, a Barbárie de Queimadas, Henry Borel e o Golpe dos Nudes, a série apresentada por Pedro Bial irá revelar os atos criminosos de José Tiago Correia Soroka, assassino em série que assumiu a autoria da morte de vários jovens homossexuais no Sul do país em meio a pandemia de covid-19.

O episódio promete desvendar os detalhes perturbadores desse caso que chocou o Brasil. José Tiago, também conhecido como o assassino em série de Curitiba, espalhou terror na região sul, deixando uma trilha de vítimas que causou pânico na população. A série  também mostrará as investigações minuciosas conduzidas pela polícia para capturar o criminoso e trazer justiça às famílias das vítimas.

Atualmente preso, parte das explicações relacionadas a motivação dos crimes foram reveladas em junho de 2021, quando o criminoso concedeu uma rara entrevista à RIC Mais, afiliada de Curitiba da RecordTV. Na ocasião, ele chegou a detalhar seu passado criminoso até as mortes.

José Tiago Soroka em depoimento / Crédito: Reprodução/Vídeo/RIC Mais

Antes dos assassinatos, o rapaz já tinha passagens criminais por alguns delitos, como agressão física, uso de dinheiro falso, roubo de carros e até mesmo dirigir embriagado, este último que culminou em sua demissão no emprego de vigilante, o impedindo de renovar a carteira de habilitação.

Como se tornou serial killer

De acordo com ele, as mortes começaram devido a necessidade dos roubos, sem nenhuma relação com a sexualidade das vítimas. Ele, que se declara heterossexual e tem duas filhas, acrescentou que não tinha interesse em se relacionar com homens: “Não tenho aversão, não tenho ódio. Para mim, cada um tem a sua opção sexual".

Ele encontrava as vítimas por aplicativos de relacionamentos e as seduzia com fotos íntimas que, segundo ele, eram retiradas da internet. Ao conquistar a confiança, agendava um encontro na casa da vítima, onde, por lá, a apagava com um mata-leão, golpe que trava a respiração pelo pescoço.

Nessas situações que a pessoa veio a óbito eles reagiram, tentaram bater, tentaram empurrar, falaram que iam chamar a polícia. Nessa hora eu pensei que não ia conseguir me evadir da situação. Então eu acabei apertando um pouco mais e vieram a óbito. Eu não ficava muito tempo. Só resgatava o que tinha interesse e saía”, detalhou os latrocínios.

Na segunda ocasião, no entanto, ele esclarece que foi abordado pela vítima, que negociou um encontro por dinheiro. Ao dar de cara com o homem nu em seu apartamento, José Tiago rejeitou a investida sexual e entrou em luta corporal.

Eu acabei dando uma gravata nele. Eu estava precisando do dinheiro realmente e expliquei para ele a situação. Ele disse que não ia me emprestar [a quantia] e eu falei que ia levar alguns bens da casa dele. Ele disse que não ia deixar, começou a me xingar e tentar bater mais ainda, então eu acabei apertando um pouquinho mais, onde [sic] ele veio a apagar e não retornou”, dissertou.

Apesar de confessar os dois encontros fatais, ele ainda nega a relação com a morte de um médico, em 2016, e de seu ex-patrão da época em que trabalhava como chaveiro, acrescentando que, após o segundo caso, passou a evitar sair publicamente tendo ciência de que estava sendo procurado pela polícia.