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Matérias / 'Linha Direta'

O serial killer de Curitiba: Conheça o caso exibido hoje no 'Linha Direta'

Conhecido como 'serial killer de homossexuais', José Tiago Soroka foi condenado a 104 anos de prisão

Redação Publicado em 31/05/2023, às 16h46 - Atualizado em 01/06/2023, às 18h12

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José Tiago Soroka em depoimento - Reprodução/Vídeo/
José Tiago Soroka em depoimento - Reprodução/Vídeo/

Nesta quinta-feira, 1º, será transmitido na TV Globo o mais novo episódio do 'Linha Direta', programa jornalístico de cunho investigativo que apresenta, de maneira quase cinematográfica, alguns crimes famosos do Brasil. Com apresentação do ilustre Pedro Bial, o novo capítulo apresentará o caso do 'serial killer de Curitiba'.

Conforme recorda o g1, essa alcunha — com certeza não atribuída à toa — pertence a José Tiago Correia Soroka, homem condenado a 104 anos, quatro meses e seis dias de prisão, acusado de ter cometido crimes como latrocínio, roubo agravado, extorsão e homofobia.

O criminoso está preso desde maio de 2021, depois de ter confessado à polícia três crimes. Porém, esses não eram os únicos dos quais Soroka era investigado, sendo ainda suspeito de uma série de outros na região sul do país.

Depoimento e investigação

No depoimento em questão, que levou Tiago Soroka à cadeia, o suspeito alegou ter cometido outros crimes — roubos, em sua maioria — ainda antes dos assassinatos pelos quais ficara conhecido no Brasil todo. No entanto, na ocasião negou ter praticado quaisquer homicídios, mas sem dar muitos detalhes sobre os crimes.

No entanto, as investigações sugerem uma verdade diferente da descrita por Soroka: conforme descrito pelo g1, o suspeito utilizava aplicativos de relacionamento para encontrar novas vítimas e ir até a casa delas. Uma vez no local, ele estrangulava os homens e então deixava o local, levando consigo alguns pertences da vítima.

José Tiago Correia Soroka /Crédito: Reprodução/Vídeo

Para a polícia, as informações obtidas nos interrogatórios indicam que os crimes eram motivados por ódio, e o suspeito pretendia fazer pelo menos uma vítima por semana. Porém, com a grande repercussão que o caso teve na época e o fato de sua imagem ter se popularizado, ele já não conseguia mais marcar encontros.

"Ele disse que sempre agia do mesmo modo. Se a vítima reagisse, relutasse, ele a esganava até a morte. A questão da data, dos últimos terem sido praticados às terças-feiras, foi uma coincidência, mas que ele tinha sim o objetivo de praticar um crime por semana", afirmou o delegado Tiago Nóbrega, como repercutido pelo G1 em 2021.

Por fim, a partir das próprias informações passadas por Soroka em seus depoimentos, a polícia supõe que ele tenha roubado pelo menos entre 10 e 20 pessoas. Porém, seu método era sempre o mesmo: caso a vítima reagisse, era estrangulada até a morte.

Embora tenha negado que os crimes foram motivados por homofobia, a polícia alega que o interrogatório demonstra a motivação por ódio. "Deu a entender que mexia com o lado íntimo dele, que mexia com a parte emocional dele, levando sim a entender que ele tem problemas com a questão da homossexualidade", disse o delegado.

José Tiago Correia Soroka
José Tiago Correia Soroka / Crédito: Reprodução/Vídeo/YouTube

José Soroka

José Tiago Correia Soroka nasceu na cidade de Palmas, ao sul do Paraná, mas passou sua infância em Abelardo Luz, Santa Catarina, onde teria inclusive feito uma de suas vítimas fatais. Segundo as investigações, o homem morava em pensões e usava diversos nomes falsos para se hospedar, residindo em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, antes de sua prisão.

Por fim, também foi descoberto pela polícia que ele tinha dois filhos, e já possuía ficha criminal com duas passagens por roubo, em 2015 e 2019, e uma medida protetiva por uma ex-namorada. No depoimento, revelou que usava o dinheiro da venda dos pertences de suas vítimas para comprar drogas, e sempre mudava o local que residia em tentativa de fugir das autoridades.