Mahmoud Hussein - Divulgação/Twitter
Oriente Médio

Após pandemia, emissora Al Jazeera exige libertação de jornalista preso pelo governo do Egito

Encarcerado desde 2016, Mahmoud Hussein corre risco de ser infectado pelo coronavírus

André Nogueira Publicado em 18/03/2020, às 11h36

A famosa emissora do Qatar Al Jazeera exigiu a libertação do repórter Mahmoud Hussein, preso pela ditadura do general al-Sisi e declarou que "responsabilizará o Egito" pela saúde do jornalista, que está confinado em uma sela superlotada em meio ao surto do coronavírus. O país mantem Hussein em cárcere há três anos.

"É inaceitável que Mahmoud seja detido pelas autoridades egípcias por quase 1.200 dias por ser apenas jornalista, com acusações infundadas e injustificadas", protestou Mostefa Souag, diretor-geral da Al Jazeera Media Network em comunicado.

"Nas circunstâncias atuais, com a disseminação do coronavírus e os riscos à saúde associados a ele, Mahmoud e outros jornalistas estão expostos a riscos extremos", acrescentou Souag. "É escandaloso que esses jornalistas detidos sejam submetidos a condições tão desumanas”.

Logo da Al Jazeera / Crédito: Wikimedia Commons

 

O jornal ainda clamou pela solidariedade internacional ao repórter e outros profissionais do ofício confinados pelo governo egípcio. É exigida a libertação imediata dos reféns políticos.

"Não podemos e não permaneceremos em silêncio diante dessa injustiça repugnante que nossos colegas continuam a suportar", declarou a plataforma, em referência à prisão sem julgamento ocorrida em 2016, que sequer apresentou acusações concretas.

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