Presa preventivamente por ser acusada de envolvimento na morte de seu filho, Henry Borel, Monique quebrou o silêncio sobre um dos casos que ainda choca o Brasil
Fabio Previdelli Publicado em 06/07/2021, às 12h00
Por acusação de envolvimento na morte do menino Henry Borel, que tinha apenas quatro anos, Monique Medeiros e Jairo Júnior, o dr. Jairinho — respectivamente, mãe e padrasto do garoto —, estão presos preventivamente desde o dia 8 de abril no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói.
Agora, quase quatro meses depois da morte de Henry, que chegou sem vida ao Hospital Barra D’Or na madrugada de 8 de março, Monique recebeu a equipe do Universa, do UOL, e quebrou o silêncio sobre o caso que ainda choca o Brasil.
Entre outros assuntos, Medeiros falou sobre sua vida na prisão, como enxerga Jairinho agora e se isenta de qualquer culpa pela morte do filho. “Estou destruída, isso é fato. Destruída pela falta do meu filho, da minha família. Sempre tive um laço muito grande com minha família. Aqui dentro é um lugar de sofrimento, de reflexão, de se apegar a Deus", diz.
“Sinto falta de ouvir meu filho gargalhando, andando de patinete, brincando com a cachorrinha dele, pedindo as raspinhas de comida na tigela, correndo pela casa, pedindo banho de balde. De todos os momentos mais simples que eu vivia com ele", completa sobre a falta que Henry faz em sua vida.
Monique também explica que mentiu em seu primeiro depoimento à polícia, pois, foi induzida ao erro pelo advogado que não havia sido constituído por ela. “O meu ex-companheiro me orientou daquela forma porque dizia que teria que ter um advogado para o casal e a partir do momento que pude ter meus advogados, por que não quis me ouvir de novo?", questiona.
Medeiros também culpou a mídia por terem a “demonizado”, dizendo que fizeram isso “por que a gente vive numa sociedade em que as mulheres não têm voz”. Além disso, ela afirmou que acredita que Jairinho matou seu filho.
“Acredito que ele [Jairinho] matou o meu filho. Hoje eu acredito. Eu entrei aqui achando que ele era inocente e comecei a ouvir das presas que eu era assassina, era pior do que ele, que era a mãe e deveria ter protegido o meu filho, que deveria ter feito um escândalo. Cada uma teria feito de uma forma diferente. Então comecei a enxergar o que eu tinha feito de errado, onde tinha errado", diz.
“Eu errei em não acreditar que um vereador bem-sucedido, médico, que tem família estruturada, ia se sujeitar a fazer uma coisa dessa com uma criança indefesa dormindo. Como poderia imaginar que ele tinha um plano tão diabólico, de tirar o meu filho de mim pra que não tivesse empecilho entre eu e ele?”, questiona Monique.
A entrevista completa pode ser lida aqui.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
Em maio, então, a Justiça do Rio de Janeiro denunciou Dr. Jairinho e Monique Medeiros pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no assassinato de Henry. Eles estão presos preventivamente desde então.
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