No dia anterior, o país governado por Kim Jong-un havia disparado 200 projéteis na mesma região, resultando na evacuação de civis
Redação Publicado em 06/01/2024, às 12h46
Na manhã deste sábado, 6, o exército norte-coreano disparou mais de 60 tiros a noroeste da ilha sul-coreana Yeonpyeong. Segundo o governo de Seul, “o repetido fogo de artilharia representa uma ameaça à paz na Península Coreana e aumenta as tensões” entre os países vizinhos.
É importante relembrar que, no dia anterior, mais de 200 tiros de artilharia foram disparados pelo país de Kim Jong-un próximo de Yeonpyeong e Baengnyeong, ilhas pouco habitadas ao sul da fronteira marítima com a Coreia do Sul.
Conforme repercutido pelo jornal O Globo, na sexta-feira, 5, a Coreia do Norte justificou sua ação como uma “resposta natural” às manobras militares da Coreia do Sul na região. Os disparos, que levaram Seul a ordenar a evacuação da população afetada, representam um dos eventos mais sérios na Península Coreana desde 2010, quando o Norte bombardeou Yeonpyeong.
Os disparos ocorreram após uma série de declarações do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que ameaçou “aniquilar” a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Horas antes, ele ordenou o aumento na produção de lançadores de mísseis para que o país se prepare diante de um possível 'confronto militar' com a Coreia do Sul e os EUA.
Há anos não se via uma relação tão tensa entre as duas Coreias. Recentemente, Kim Jong-un chegou a incluir na Constituição do país uma passagem que menciona “vocação do país como potência nuclear”. Ele também tem organizado um número crescente de testes de armamentos, que inclui o mais poderoso míssil balístico intercontinental (ICBM) fabricado no país.
Além disso, a agência de notícias do governo norte-coreano, KCNA, divulgou imagens de Kim ao lado de sua filha e provável sucessora, Ju Ae, em uma visita a uma fábrica de lançadores móveis (TEL, na sigla em inglês), usados nos mísseis balísticos intercontinentais do país. Kim também pediu “um esforço dinâmico para aumentar a produção”, pois segundo ele, o país precisa estar preparado “para um confronto militar com o inimigo”.
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