O general Ahmed Nasser Al Raisi foi denunciado por torturas na França e Turquia
Isabela Barreiros Publicado em 25/11/2021, às 09h30
O general Ahmed Nasser Al Raisi, que atua como inspetor-geral do Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito nesta quinta-feira, como presidente da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
A eleição aconteceu em Istambul, na Turquia, onde o general recebeu acusações de torturas, assim como na França.
Eleito como “presidente na Interpol”, ele ocupa um papel honorário e atua de forma não remunerada a partir de seu país de origem. O cargo tem mandato de quatro anos e ocorre apenas em período parcial.
Quem realmente possui voz na organização, sendo o verdadeiro comandante, é o secretário-geral. Jürgen Stock foi reeleito em 2019 e deverá ocupar o cargo por mais cinco anos, de acordo com o g1.
No entanto, a eleição de Al Raisi causou preocupação entre analistas e organizações de defesa dos direitos humanos, que questionam o cargo dado a um general com acusações de tortura em dois países.
"Estamos convencidos de que a eleição do general Al Raisi afetaria a missão e a reputação da Interpol", escreveram em nota a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e três deputados europeus.
Nos últimos meses, o general recebeu uma série de acusações de tortura na França, onde está localizada a sede da Interpol, e na Turquia, que recebeu a assembleia geral da organização.
De acordo com o Centro de Direitos Humanos do Golfo, Al Raisi cometeu "atos de tortura e barbárie" contra o opositor Ahmed Mansoor, que está detido nos Emirados Árabes Unidos. Ele permanece em uma cela de 4 metros quadrados "sem colchão e sem proteção contra o frio", além de estar "sem acesso a um médico, higiene, água, ou instalações sanitárias".
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