Vista aérea do sítio de escavação em Tello, no Iraque - Divulgação/British Museum
Arqueologia

O que se sabe sobre palácio sumério de 4500 anos descoberto no Iraque

Ruínas da construção podem ajudar a entender melhor os sumérios, alguns dos primeiros escritores e legisladores da espécie humana

Redação Publicado em 17/02/2023, às 17h38

O doutor em Arqueologia Sebastien Rey liderou um projeto de escavação na antiga cidade de Girsu (hoje Tello, no Iraque moderno) que descobriu um templo sumério de 4500 anos de idade. As informações são do jornal britânico The Guardian.

O “Senhor Palácio dos Reis”, como foi nomeado, foi descoberto em 2022 por um grupo de arqueólogos britânicos e iraquianos. Ao lado do palácio antigo foram encontradas mais de 200 tabuletas cuneiformes, que guardavam informações administrativas da cidade. 

A escrita cuneiforme foi um dos primeiros tipos de escrita a ser inventada, auxiliada por objetos em forma de cunha e desenvolvida pelos sumérios. A cidade de Girsu, onde ficava o palácio, é uma das mais antigas cidades conhecidas na história da humanidade, que foi construída entre 3500 e 2000 a.C. Os sumérios também foram o primeiro povo a criar códigos de leis.

A descoberta do palácio é resultado do Girsu Project, desenvolvido pelo Museu Britânico e financiado pelo Museu Getty de Los Angeles. Girsu foi descoberta 140 anos atrás, e desde então tem sido alvo de saques e escavações ilegais.

Quem foram os sumérios?

Além do palácio e das tabuletas cuneiformes, também foi identificado o principal templo dedicado a um dos deuses dos sumérios, Ninĝirsu. A existência dessa divindade só era conhecida antes da escavação por inscrições antigas descobertas em uma das primeiras escavaçãoes de Girsu.

Algumas paredes de tijolos de barro do palácio foram expostas no Museu do Iraque, em Bagdá. O diretor do Museu Britânico, Hartwig Fischer, afirmou que a escavação de Girsu é um dos sítios arqueológicos mais fascinantes que ele já visitou.

Os sumérios foram um povo que habitou a Mesopotâmia, região do leste do Mar Mediterrâneo, e foram responsáveis por diversos avanços tecnológicos da espécie humana, trazendo novas maneiras de contar o tempo e gravar a escrita. Eles escreveram literatura, hinos e preces e também ajudaram a aperfeiçoar outras tecnologias que já existiam na região, como a roda e a matemática.

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