Á esquerda imagem dos paraguaios resgatados e à direita imagem de local onde moravam - Reprodução/Polícia Federal
Escravidão

Paraguaios trabalhavam em condições análogas a escravidão no Mato Grosso do Sul

Cerca de 30 paraguaios trabalhavam em condições análogas a de escravo em uma lavoura de mandioca

Redação Publicado em 12/09/2022, às 17h59

Em uma lavoura de mandioca, em Iguatemi, Moto Grosso do Sul, cerca de 30 paraguaios foram resgatados por estarem vivendo em condições análogas à escravidão. A operação ocorreu na sexta-feira, 9 e foi divulgada nesta segunda-feira, 12.

Como repercutido pelo G1, segundo a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), os imigrantes viviam em moradia precária e recebiam uma remuneração inadequada, além de serem obrigados a trabalhar sob péssimas condições.

O resgate foi auxiliado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e a Assistência Social de Iguatemi. Dois envolvidos foram presos em flagrante e vão responder pelo crime de submeter indivíduos a condição análoga à escravidão. Eles oram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal de Naviraí, mas foram liberados após pagarem a fiança.

Remuneração

Os suspeitos haviam sido presos por submeterem os paraguaios a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva e por violentarem os imigrantes como pena. Eles restringiam a locomoção desses paraguaios por qualquer meio, em razão de dívida contraída com o empregador.

Pelo trabalho realizado, eles ofereciam uma remuneração por meio de "vales", os quais, eram aceitos somente em um comércio do aliciador do grupo criminoso.

Criando um círculo vicioso que aprisionava as vítimas no local, impedindo ou dificultando o retorno ao Paraguai”, detalhou a PF, em nota.
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