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Aníbal, o pesadelo de Roma

Mestre da estratégia militar, o general de Cartago matou 100 mil soldados e um terço dos senadores romanos

Textos Flávia Ribeiro Publicado em 01/02/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Um exército pequeno e esfarrapado chega às portas de Roma. Para chegar ali, esse grupo saiu da Espanha e andou 1 500 quilômetros, incluindo os Alpes. Mesmo assim, os romanos estavam assustados. Eles sabiam que aquele exército não era como outro qualquer. São os homens de Aníbal, um dos grandes gênios militares de sua época, que durante a segunda guerra contra Roma (218 a.C. a 202 a.C.) foi capaz de matar 100 mil soldados inimigos e um terço do senado da cidade.

Aníbal nasceu em Cartago, no norte da África, e foi o integrante mais famoso da família que desafiou o poder de Roma por mais de um século. Era filho de Amílcar, comandante da primeira guerra entre as cidades (de 264 a.C. a 241 a.C.). No segundo conflito, conseguiu vencer 11 das 22 principais batalhas. Em nenhum outro momento os cartagineses estiveram tão perto de vencer. Só que, no fim, foi a briga de Aníbal contra Roma que provocou a derrota final e a destruição de Cartago.

Homens X Elefantes

Aníbal foi um bom estrategista político. Quando estava na Itália, conseguiu convencer aliados de Roma a mudar de lado. No campo militar, era inteligente e ousado. Sabia a posição de suas tropas de acordo com o terreno e tinha uma capacidade impressionante de conquistar a lealdade de seus homens. Ele contava ainda com aliados de peso: elefantes de 5 toneladas, capazes de correr a até 45 km/h. Eram tanques de guerra, que invadiam o exército rival e provocavam pânico nos inimigos.

Aníbal chegou às portas de Roma, onde os moradores estavam assustados. Mas desistiu de entrar. A resposta romana foi implacável. Depois que seus irmãos e sua mulher morreram quando Roma invadiu Cartago, Aníbal voltou para sua cidade, onde foi vencido na batalha de Zamma, em 202 a.C. Derrotado, virou um fugitivo para o resto da vida, até se suicidar 19 anos depois, antes que tropas romanas invadissem sua casa.

Para saber mais

• Aníbal, sob as Muralhas de Roma, Patrick Girard, Estação Liberdade, 2001. Segundo livro da Trilogia de Cartago, este romance conta a história da Segunda Guerra Púnica

DVD

Veja mais sobre o general no DVD Aníbal, de Aventuras na História,

Surpresa!

Os historiadores acreditam que Aníbal começou a atravessar os Alpes com 50 mil soldados e 37 elefantes. Quando terminou a viagem, 190 quilômetros depois, só tinha 25 mil homens e seus animais estavam muito doentes. Além disso, perdeu o olho por causa de uma infecção. Como tinha menos homens, o general de Cartago ficou enfiado em um pântano durante três dias, só para pegar os romanos de surpresa. Resultado: em um só dia, 15 mil soldados de Roma foram mortos. Mais brilhantes ainda foram as manobras da Batalha de Canas, em 216 a.C. Usando 40 mil homens (incluindo gente que ele convenceu a mudar de lado), Aníbal venceu 80 mil romanos. Destes, 45 mil morreram e outros 20 mil viraram prisioneiros. Do lado cartaginês, foram só 5 mil baixas. Roma ficou com a confiança abalada. Só mais de dez anos depois conseguiu vencer Aníbal em Zamma.