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Museu Malba

Colecionador juntou obras-primas em Buenos Aires

Kalleo Coura Publicado em 01/04/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Inaugurado em setembro de 2001, o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires) ainda não pode ser chamado de tradicional, mas a relevância das obras ali expostas faz com que ele esteja presente em qualquer roteiro cultural da capital argentina.

Situado no bairro de Palermo, o prédio foi o primeiro a ser projetado na cidade, em 1998, com a finalidade de abrigar um museu. O projeto arquitetônico foi feito com o intuito de não provocar nenhuma distração visual. Paredes claras e muita iluminação natural realçam as obras, que estão entre as mais importantes do continente.

Fazem parte do acervo quadros e esculturas feitos pelos maiores nomes da arte moderna e contemporânea latino-americana. Há obras de artistas de países como Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, México, Uruguai, Venezuela e Brasil, representado por Tarsila do Amaral e Cândido Portinari, entre outros. Toda a coleção do museu é de propriedade da Fundação Costantini, gerida pelo empresário e colecionador argentino Eduardo Costantini, famoso por seus lances milionários em leilões.

Os quadros mais caros do museu foram pintados pelo casal Diego Rivera e Frida Kahlo. O lance por Auto-Retrato com Macaco e Papagaio, de Frida, foi de 3,2 milhões de dólares, enquanto Retrato de Ramón Gómez de la Serna, de seu marido, custou 3,5 milhões de dólares.

1. O COMEDOR

Tarsila do Amaral pintou sua tela mais famosa, Abaporu, em 1928, e a deu de presente a Oswald de Andrade, seu marido na época. O quadro inspirou o Movimento Antropofágico, importante vertente do modernismo brasileiro. Abaporu, que em tupi-guarani significa “homem que come”, veio ao Brasil em janeiro. A tela estaria em São Paulo até o dia 16 de março.

2. VAI TER QUADRILHA

Pintada a óleo entre 1936 e 1939, Festa de São João, de Cândido Portinari, foi concebida para figurar no pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York. Portinari nasceu em Brodowski, interior de São Paulo, e foi mestre em pintar cenas do sofrimento social e da vida cotidiana do brasileiro.

3. EU, EU MESMA

Auto-Retrato com Macaco e Papagaio (1942) é uma das principais obras da surrealista mexicana Frida Kahlo, que costumava pintar cenas e pessoas ligadas à sua vida particular. “Eu pinto auto-retratos porque a pessoa que eu conheço melhor sou eu mesma”, disse certa vez.

4. CAIXA ESPACIAL

Enio Iommi foi o primeiro artista plástico argentino a fazer uma escultura abstrata. Suas obras da década de 40, como esta, Encuentros de Líneas en el Espacio (1946), são desenhos geométricos que saem de uma caixa e não remetem a nada.

5. MULTI-HOMEM

O pintor, arquiteto, lingüista e músico argentino Alejandro Xul Solar fez Los Cuatro em 1921, em contato com as vanguardas. Sujeito místico, sobre ele escreveu Jorge Luís Borges: “Dizer que Xul Solar fracassou é absurdo. Nós é que não soubemos ser dignos desse homem extraordinário”.

6. ANOS LOUCOS

O caricaturista mexicano Miguel Covarrubias representa graficamente o poema sinfônico (tipo de música erudita que tem poesia ou ilustrações como base extramusical) Um Americano em Paris, do músico George Gershwin, que batiza a obra. A proposta de ambas as obras é mostrar as impressões de um turista americano da agitada Paris dos anos 20.

7. ARTE ENGAJADA

Expoente do realismo social argentino na década de 30, Antonio Berni mostra em Manifestación, de 1934, a realidade dos trabalhadores de seu país, que lutavam por melhores condições de vida. Para compor suas telas realistas, o pintor utilizava arquivos fotográficos de jornais, além de fotos de sua autoria.

8. PRÉ-SURREAL

Apesar de conter elementos do surrealismo, Pareja (“casal” em espanhol) foi pintado por Alejandro Xul Solar em 1923, um ano antes da divulgação do primeiro manifesto dessa vanguarda. Ele mostra a união de dois rostos em um só, junto com uma inscrição matemática.

9. LOSANGO CONCRETO

Hélio Oiticica foi um dos maiores expoentes do concretismo no Brasil. Em Metaesquema (1958), que pertence à fase inicial de sua carreira, o artista parte de uma figura simples e faz diversas combinações de formas ao subdividir o interior do losango, que acaba se tornando algo completamente diferente da figura inicial.

10. BELLE ÉPOQUE

Um dos articuladores da Semana de Arte Moderna de 1922, Emiliano Di Cavalcanti começou sua carreira fazendo ilustrações para a revista Fon-Fon. Suas pinturas refletem os tipos populares de seu tempo. Em Cena de Rua (1931) fica evidente a influência parisiense sobre a alta sociedade brasileira.

Saiba mais

www.malba.org.ar