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Propaganda de guerra: população em alerta!

Durante a II Guerra Mundial, os EUA espalharam seu patriotismo em centenas de cartazes, que iam da convocação e do alistamento à pressão pela participação civil no esforço de guerra

Natalia Yudenitsch Publicado em 01/03/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Mistura de arte e propaganda, os mais de 300 pôsteres criados pelo governo norte-americano entre 1940 e 1947 oferecem um olhar esclarecedor sobre como a mais poderosa potência global se colocava diante do conflito. Do total de peças afixadas em fábricas, escolas, correios, livrarias e outros locais públicos, 58 foram assinadas por 45 artistas. O cartaz de 1943 é um exemplo que assusta e alerta para os terrores da ameaça nazista. Hoje considerados cult e objeto de desejo de colecionadores de todo o mundo, estes cartazes contam a história da II Guerra Mundial do ponto de vista do Tio Sam – ele mesmo um personagem símbolo dos Estados Unidos criado pelo artista James Montgomery Flagg em 1917, na I Guerra Mundial.

Unidos somos fortes, unidos venceremos

O título acima, o mesmo deste cartaz de 1943, traz o tom militarista e patriótico do país que, em 7 de dezembro de 1941, data em que entrou oficialmente na guerra, contava com um exército de 1 685 403 homens, divididos em 29 divisões de infantaria, 5 divisões blindadas e 2 divisões de cavalaria. Três anos e meio depois, este número chegou a 8 291 336 homens em 89 divisões: 66 divisões de infantaria, 5 de força aérea, 16 blindadas, 1 cavalaria e 1 divisão de montanha.

O honorável espião diz: obrigado pelas latas que você jogou fora!

Esse era o título deste cartaz de 1941, retratando um espião japonês. O objetivo era o mesmo do estampado no cartaz no canto inferior direito: convencer a população a economizar ou plantar sua própria comida e enlatar tudo o que for possível.

O lado feminino da guerra

Uma linha de cartazes mostrava a importância da mulher na guerra. O pôster abaixo à esquerda, de 1944, sugeria que o alistamento feminino na divisão de enfermaria era a opção da “garota de futuro”. Cerca de 73 mil mulheres serviram como enfermeiras no front, com pouco mais de 200 baixas no total.

Racionar significa uma parte justa para todos

Em 1942 surgiu o Programa de Racionamento de Alimentos, que operava via cupons e selos divididos por cor (como azul para comida enlatada e vermelho para carne, óleo e queijo), controlados pelo Livro de Racionamento de Guerra e um sistema de pontos que considerava o número de membros da família e prazos de validade dos selos. A prática, contudo, teve um efeito colateral: o mercado negro, com produtos vendidos livremente, mas a peso de ouro.

Ações de guerra: para ter e guardar

As war bonds (ações de guerra) eram uma forma de financiar o combate. Os cartazes sugeriam que 10% da renda mensal fosse usada para tanto. Custavam a partir de US$ 7,50, com selos saindo por US$ 0,10. A campanha foi um sucesso. Em 3 de janeiro de 1946, foram arrecadados US$ 185,7 bilhões em ações, divididos entre cerca de 85 milhões de americanos. Na prática, acabaram rendendo apenas 2,9% após dez anos.