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Curiosidades / Guerras

Conheça as guerras mais estúpidas da História

Confrontos sem propósito e sem direção marcaram a história em diferentes partes do globo

Redação Publicado em 01/08/2018, às 14h00 - Atualizado em 24/02/2022, às 12h13

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Imagem meramente ilustrativa - WikiImages, via Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - WikiImages, via Pixabay

Há quem diga que qualquer guerra é estúpida. Para Michael Prince, autor de Guerras Estúpidas, "só a maioria".

O livro relata os mais patéticos episódios de hubris, a coragem mal-informada, que levaram à perda de vidas e propriedade.

Veja aqui alguns exemplos levantados por ele e seu parceiro Ed Strosser. 

4. A Quarta Cruzada

A Cruzada / Crédito: Wikimedia Commons

Em 1202, o exército cruzado, com voluntários da Europa, estava em Veneza, cheio de fé e fúria – e nenhum tostão no bolso. Tentou alugar uma frota de barcos para Jerusalém, que pretendia reconquistar das mãos islâmicas, nas quais havia caído em 1187. Enrico Dandolo, o doge de Veneza, fez uma proposta: se os cruzados o ajudassem a capturar Zara, localidade croata rival comercial da cidade italiana, ele bancaria a viagem.

Cego e com 95 anos, o mandatário fez os votos de cruzado e embarcou com os soldados supostamente rumo à Terra Santa, parando no caminho para trucidar os cristãos croatas, que em vão levantaram cruzes para mostrar que estavam do mesmo lado. A ameaça de excomunhão feita pelo papa Inocêncio III pouco valeu.

Dandolo seguiu para Constantinopla e conquistou o lugar. Ricos com as pilhagens, os cruzados pagaram sua dívida e esqueceram a missão. No final, “o doge recebeu o pagamento na íntegra, mas os santificados guerreiros jamais puseram os pés em Jerusalém”, relatam Prince e Strosser.

3. Guerra do Afeganistão

O Afeganistão fazia parte da vasta região do planeta que a Rússia considera seu quintal – a visão imperial não era diferente na época do regime soviético e do tempo dos czares. Em 1979, a União Soviética invadiu o país para apoiar o regime comunista local, ameaçado por facções islâmicas.

“Assim como nos velhos tempos, quando o Exército Vermelho esmagou a oposição na Hungria em 1956 e na Tchecoslováquia em 1968, os russos acharam que a filosofia de Marx e Lenin seria mais bem ensinada com tanques metralhando o populacho”, dizem Strosser e Prince.

Se os soviéticos riram dos EUA saindo do Vietnã, batidos pela guerrilha vietcongue, agora era a vez dos americanos. Mas não ririam por último. Com dinheiro da CIA, militantes islâmicos, entre os quais Osama bin Laden, fundaram a Al Qaeda.

2. Guerra do Chaco

Soldados paraguaios / Crédito: Wikimedia Commons

Indo dos Andes bolivianos até o Pantanal do Brasil, o Chaco é um deserto ou pântano, dependendo da estação do ano. E foi por esse grande pedaço de nada que, entre 1932 e 1935, os dois países mais pobres da América do Sul se digladiaram. Ambos com feridas de guerras passadas fazendo mancar o parco orgulho nacional: a Bolívia, por ter perdido seu litoral para o Chile, na Guerra do Pacífico, de 1879; o Paraguai, por ter perdido quase tudo na guerra contra a Tríplice Aliança, na década de 1860.

Nos combates pelo Chaco, até 130 mil pessoas padeceram de ambos os lados, tudo isso apenas para provar que, por mais miserável que fossem, um não era mais fraco que o outro. “Certos países [...] habitam a categoria de perdedores da história. Para eles, o jeito de sair dessa categoria é bater em alguém. Qualquer um. Mas o que eles não entendem é que bater em outro perdedor não os coloca na categoria de vencedores”, registram os autores de Guerras Estúpidas.

1. Desembarque na Baía dos Porcos

A invasão / Crédito: Wikimedia Commons

Em 17 de abril de 1961, 1500 exilados cubanos desembarcaram na Baía dos Porcos, no sul de Cuba. O embaixador norte americano na ONU, Adlai Stevenson, repetia que as movimentações, detectadas meses antes eram ações de um grupo de “cubanos patriotas”. A despeito de o New York Times ter publicado em janeiro que a CIA estava treinando cubanos para derrubar Castro.

A Rádio Moscou anunciou o ataque quatro dias antes. “O problema para a CIA era criar uma força invasora poderosa o suficiente para vencer... mas não tão forte a ponto de revelar o apoio americano. A invasão, em essência, tinha que ser cubanizada – feita para parecer amadora.” Nesse ponto, a agência fez um belo trabalho: em três dias, os 1202 rebeldes que escaparam da morte estavam na prisão em Havana.