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Curiosidades / Colômbia

Como Pablo Escobar continua causando problemas na Colômbia quase três décadas após sua morte

Uma insana atitude do narcotraficante resultou numa dor de cabeça que já dura anos

Penélope Coelho Publicado em 28/01/2021, às 11h38 - Atualizado em 19/11/2021, às 12h00

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Fotografia de Pablo Escobar e hipopótamo - Divulgação
Fotografia de Pablo Escobar e hipopótamo - Divulgação

Em janeiro de 2021, uma informação repercutida pelo National Geographic, trouxe à tona um polêmico tema envolvendo o famoso narcotraficante Pablo Escobar. Trata-se de um possível desequilíbrio ambiental na Colômbia, que acontece em decorrência de uma atitude tomada pelo traficante há anos.

Na década de 1980, Escobar decidiu exportar ilegalmente quatro hipopótamos vindos da África. Atualmente, existem cerca de 80 desses animais selvagens na Colômbia e a sua proliferação preocupa os ambientalistas.

Após a morte do narcotraficante em 1993, a maioria dos animais selvagens que faziam parte do zoológico particular do criminoso foram enviados para seus locais de origem, ou, acabaram sendo realocados. O local abrigou cerca de 1.900 espécies e se tornou quase um passeio turístico no país.

Entrada da luxuosa Hacienda Nápoles, de Pablo Escobar / Crédito: Wikimedia Commons

Entretanto, na época, os quatro hipopótamos — um macho e três fêmeas — continuaram na Colômbia, já que as autoridades temiam os animais ferozes. A decisão gerou consequências que continuam reverberando em território colombiano até os dias de hoje.

Acredita-se que as autoridades não imaginavam a imensa capacidade de procriação desses animais. Sem plano de controle de natalidade, ou monitoramento, não demorou muito para que a espécie se espalhasse pelas matas que cercavam o zoológico ilegal. Foi assim que os hipopótamos viraram uma ameaça.

Consequências

Conhecida como uma espécie de invasores, os grandes bichos começaram a transformar o ecossistema colombiano. Especialistas afirmam que os hipopótamos de Pablo estão causando desequilíbrio da fauna do país, a justificativa é que a urina e as fezes desses animais são tóxicas e desencadeiam doenças para humanos e, principalmente, para outros animais.

Alguns pesquisadores acreditam que o extermínio da espécie que dominou o local, seja a única opção, contudo, essa alternativa polêmica não é unanime entre os cientistas, já que alguns defendem uma castração em massa.

Sinal de alerta para hipopótamos em uma região de mata na Colômbia / Crédito: Getty Imagens

De acordo com um estudo publicado pela Biological Conservation, após dois anos de estudo nas matas onde os animais se estabeleceram, alguns resultados alarmantes surgiram. A qualidade da água é a que mais preocupa os especialistas.

O estudo informa que após a chegada dos animais no local, a química dos lagos foi alterada, isso acontece em decorrência de suas fezes — que em grande quantidade, fertilizam algas e bactérias nocivas, deixando os outros animais da área que consomem o líquido, doentes.

A estimativa é que se nenhuma alternativa for tomada, a situação se torne insustentável. Os pesquisadores temem as possíveis novas complicações que o crescimento populacionais dos rinocerontes poderão trazer. Como, a interação entre o grande animal selvagem e os outros bichos futuramente.

Sabe-se que para tentar conter a proliferação dos animais, os envolvidos irão correr riscos. Os hipopótamos são conhecidos por serem espécies perigosas e de difícil captura. Por isso, até o momento, a tentativa de castração em massa não foi bem sucedida e só alguns deles foram castrados.

Ainda não há uma resposta exata sobre como esse problema será resolvido, contudo, especialistas alertam que as medidas não podem demorar, já que a estimativa é de que daqui a alguns anos, milhares de hipopótamos tomem conta do território colombiano, o que tornaria impossível qualquer ação preventiva.

Por isso, os pesquisadores reiteram que algo deve ser feito rapidamente, antes que seja tarde demais e os hipopótamos de Pablo Escobarprejudiquem ainda mais o ecossistema local.


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