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Curiosidades / França

De fedor a refúgio: 5 particularidades sobre o Palácio de Versalhes na época de Maria Antonieta

Retratado em filmes e obras, o Palácio foi palco de inúmeros episódios conturbados no reinado de Luís XVI

Caio Tortamano Publicado em 10/08/2020, às 18h58

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Cena do filme Maria Antonieta - Divulgação
Cena do filme Maria Antonieta - Divulgação

1. Sujeira

Apesar de ser, de fato, um dos maiores e mais luxuosos palácios da Europa, Versalhes não era muito higiênico, tanto pela inviabilidade de sanitizar o local inteiro quanto os hábitos dos próprios franceses. São diversas as obras históricas que corroboram para uma visão putrefata do interior do palácio, como as biografias de Maria Antonieta escritas uma por André Castelot e outra por Carolly Erickson.

Apesar de deslumbrante a vista, com as estradas largas e adornos em ouro, o cheiro do local era absolutamente imprestável, com pátios sujos, todos cheirando a urina e material fecal — isso porque, diferentemente de hoje em dia, o acesso ao palácio era completamente aberto. Isso se explica muito pelo fato de terem poucos banheiros disponíveis em toda a propriedade.

2. Banho problemático

Até por conta da ausência de banheiros, criados tinham que andar para cima e para baixo do enorme palácio com penicos. Assim os nobres poderiam se aliviar confortavelmente. No entanto, a ausência de um criado não era motivo para que os residentes passassem apertos, então faziam suas necessidades em escadas, vielas, e nem mesmo as cortinas estavam livres.

3. Fim de Versalhes

Foi durante o reinado de Maria Antonieta e seu marido, Luís XVI, que a Revolução Francesa deu fim ao monarquismo absoluto. O modelo de governo já estava em queda, e o palácio era a maior representação da disparidade em que nobres e cidadãos viviam na França, poucos tendo muito e a maioria tendo que viver com a fome, uma vez que o preço do alimento estava cada vez mais alto.

Ilustração marcando a presença das mulheres na Marcha / Crédito: Wikimedia Commons

Na chamada Marcha das Mulheres à Paris, no dia 5 de outubro de 1789, uma multidão organizada e raivosa exigiu que a família real saísse do palácio. Assim o local passaria para domínio do povo. Enquanto negociavam com os representantes, Luís XVI e Antonieta eram ofendidos pela população, que pedia a cabeça da monarca.

4. Rainha sem glória

Antes mesmo da revolução, uma das circunstâncias que enfraqueciam a coroa era a falta de prestígio da rainha dentro da própria corte. Os rumores de que tinha diversos amantes e organizava orgias em seus aposentos eram extremamente mal vistos pela realeza, já o povo acreditava que a maior parte do dinheiro do país era utilizada para futilidades e gastos pessoais.

Maria Antonieta, Rainha da França / Crédito: Wikimedia Commons

A origem austríaca da rainha também colaborou com a impopularidade dela. Todos associavam as decisões erradas como uma tentativa de enfraquecer os franceses e fortalecer a sua terra natal. Para acabar de vez com a sua reputação, uma série de reformas políticas e econômicas com o objetivo de diminuir a desigualdade no país foram negadas sob ordem da rainha.

5. Refúgio da Rainha

O Hameau de la Reine era um pequeno retiro feito para Antonieta na propriedade de Versalhes, lá a rainha podia ficar em paz. Todavia, parecia uma extravagância perversa da parte da monarca criar uma vila para sua própria diversão, enquanto, em muitas partes da França, camponeses passavam por extremas necessidades. O local era composto por oito pequenas cabanas, acompanhadas de celeiros com aves e até um moinho.

Imagem atual do Hameau de la Reine / Crédito: Getty Imagens

Aos olhos de Maria Antonieta, o lugar representava uma visão quase infantil de um mundo mais simples e feliz. Entretanto, os críticos da rainha não viram nada disso, muito pelo contrário. Para eles, a vila era mais um local que abrigava itens de uma lista frívola. Eles chamavam o lugar de Pequena Viena e zombavam de Antonieta por se entregar aos seus prazeres rurais.


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