Muito jovem e viciado nos prazeres carnais, o imperador fez do território seu próprio harém
Isabela Barreiros Publicado em 03/06/2020, às 15h26
1. Viciado em sexo
Heliogábalo foi o imperador romano da dinastia severa que reinou entre os anos de 218 até 222. Também conhecido como Elagábalo ou Marco Aurélio Antonino, teve seu governo marcado por polêmicas, principalmente, sexuais, mas também religiosos.
Muitos afirmam que Heliogábalo nunca teve relações sexuais (sendo homem ou mulher) com uma mesma pessoa por mais de duas vezes. Isso acontecia apenas com suas esposas, que foram cinco ao longo de sua curta vida. Mas, como era obcecado por sexo, criou verdadeiras orgias em sua casa, convidando amigos, parentes e até escravos.
2. Autoadoração
Nomeado em homenagem ao deus sol local Elagabal, Heliogábalo dedicou seus primeiros anos à adoração da divindade. Com o passar do tempo, passou a confundir-se com o próprio deus, e passou para uma espécie de “autoadoração”.
Os rituais feitos eram uma mistura de genuína convicção religiosa e autoglorificação. O historiador Herodiano, que foi funcionário público no Império Romano, escreveu: “na cabeça, ele usava uma coroa em forma de tiara, brilhando com ouro e pedras preciosas”.
3. Polêmicas
O imperador tinha amantes de ambos os gêneros e um de seus hábitos mais comuns era usar mulheres nuas para carregá-lo enquanto estava em cima de uma carruagem, onde também as chicoteava. Também era sádico: em uma ocasião, seus convidados foram amarrados a uma roda d'água, que girou lentamente e os afogou.
Em outro evento que ficou famoso, Heliogábalo reuniu todas as prostitutas da cidade no Fórum romano e apareceu diante de todos usando roupas femininas. A partir daí, a popularidade do imperador começou a diminuir cada vez mais.
4. Amante
Heliogábalo se casou ao menos cinco vezes ao longo de sua vida. No entanto, não foi inteiramente feliz em nenhuma dessas uniões. Na verdade, ele apaixonou por seu cocheiro, Hierocles. São poucas as informações que a literatura da época deixou sobre o jovem, mas o que se sabe é que ele era um plebeu proveniente de Caria, uma região no oeste da antiga Ásia Menor.
Escravizado, acabou sob os domínios do imperador, que, ao colocar os olhos no serviçal, decidiu dar-lhe a liberdade ao se apaixonar por ele. A partir de então, o outro passou a servir como cocheiro, e eles iniciaram um relacionamento intenso e apaixonado, que durou até o fim da curta vida de Heliogábalo.
5. O fim
O imperador estava com a popularidade caindo em queda livre. Foi então que a avó do jovem decidiu que ele e a mãe, que apoiava as loucuras do filho, deveriam ser substituídos. A senhora Mesa sugeriu que ele adotasse o primo de 12 anos, Alexandre, como um futuro seu sucessor — o que fez com que Heliogábalo percebesse o possível golpe próximo.
Mas não adiantou. Ele foi brutalmente esfaqueado até a morte aos 18 anos e ficou eternizado na história como um dos piores imperadores que Roma já viu. Foi taxado como independente, e, muito jovem, era viciado nos prazeres carnais e tinha fortes inclinações transexuais. Ainda assim, morreu ao lado de sua grande paixão, Hierocles.
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