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Bruce Lee, o eterno dragão chinês

Bruce Lee, que faleceu há 50 anos, marcou inúmeras gerações, mesmo após sua morte nos anos 70

Daniel Bydlowski, cineasta Publicado em 28/11/2022, às 19h50 - Atualizado em 18/07/2023, às 14h17

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Bruce Lee em 'Dragão Chinês' - Divulgação / Warner Bros Pictures
Bruce Lee em 'Dragão Chinês' - Divulgação / Warner Bros Pictures

Lee Jun-fan - artista marcial, ator, diretor de cinema, produtor cinematográfico, roteirista, instrutor de artes marciais, filósofo e autor. ‘Multifunções’, essa é a melhor definição para este ícone do cinema que embala a juventude com a arte marcial como filosofia de vida. Esse é o Bruce Lee. Nesta semana, o mundo presencia os 50 anos da morte do homem que se tornou um ícone. 

Nascido na área de Chinatown, em São Francisco, em 27 de novembro de 1940, fundou uma filosofia híbrida de luta, o Jeet Kune Do, que permeou o caminho do MMA (Mixed Martial Arts). Seu caminho foi trilhado pelo cinema desde novo, ao ser apresentado por sei pai, e já fazia muitas participações ainda pequeno.

Porém, após se mudar para os Estados Unidos com 18 anos, sua carreira começou a tomar novos rumos, quando se transformou na pessoa que mudou totalmente o jeito de fazer artes marciais no cinema de todo o mundo. Inclusive, nosso eterno Dragão Chinês tinha filosofias de vida que carregava para a sua forma de fazer cinema e também para a sua escrita de livros.

“Seja água, meu amigo! Se você deita água num copo, ela se torna o copo. Se você deita água numa garrafa, ela se torna a garrafa. A água pode fluir ou pode colidir.” (Pausa para um comentário: existem novas matérias dizendo que pesquisas apontam que ele faleceu por tanto tomar água, o que causou o inchaço no cérebro, o edema). Ele acreditava que a vida era fluente e se debruçava no taoismo, Jiddu Krishnamurti e o budismo. 

Papéis importantes

Agora, voltando ao cinema, seus principais papéis, os que marcaram sua carreira em todo o globo redondo, são: ‘O Dragão Chinês’ (1971) ‘A Fúria do Dragão’ (1972), ‘O Voo do Dragão’ (1972), ‘Operação Dragão’ (1973) e ‘Jogo da Morte’ (1978). Existiam muitas curiosidades em torno de Bruce Lee, e vamos relembrar ou mesmo descobrir algumas delas.

 A lista de sua filmografia é longa, mas foi apenas em ‘Jogo da Morte’ que a produção foi feita com som. Antes disso, as cenas eram filmadas e depois eram dubladas. E falando neste filme, é bom lembrar que o ator faleceu em meio a sua produção, e só conseguiram lançar, com intuito de manter a imagem de Lee viva, por conta de truques de edição e imagens de arquivo.

A lista de coisas que aconteceram em ‘Jogo da Morte’ não para. Eles tiveram que fingir a morte de Lee durante as filmagens, devido à falta de imagens, então, as cenas de seu velório foram tiradas de seu momento fúnebre real. Bem estranho. Ainda, neste longa aparece pela primeira vez o icônico macacão amarelo, usado como easter-eggs em ‘Kill Bill’ (2003) de Tarantino.

Bruce Lee no filme 'Dragão Chinês', o mais famoso de sua carreira - Crédito: Divulgação / Warner Bros Pictures

'Dragão Chinês'

O ‘hors concours’ de suas produções, com certeza, foi o ‘Dragão Chinês’, mas tinha um orçamento baixíssimo comparado aos outros filmes da época. Esse fato não foi relevante, pois o sucesso foi implacável, com 2,8 milhões de dólares em bilheteria.

Uma lenda sendo lenda. Seus socos e chutes eram tão rápidos, por conta de suas técnicas desenvolvidas, que a tecnologia da época não acompanhava, não conseguia captar. E para consertar esse pequeno desastre que acabava em cenas com borrões e vultos, a produção pedia para Leediminuir a velocidade e até mesmo chegaram a alterar na sala de edição, colocando em slow motion (câmera lenta, em português).

Uma curiosidade sobre a carreira do ator é que um de seus maiores fãs clubes é brasileiro.

Companhias famosas

Não só de filmes que vive um ator, não é mesmo? Não, mas para Lee isso era uma verdade. Inclusive, suas aulas de artes marciais eram frequentadas por celebridades como Steve McQueen, Joe Lewis, Chuck Norris, James Coburn e Kareem Abdul-Jabbar.

O artista marcial jamais deixou que seus alunos o chamassem de mestre, pois em sua filosofia, quem chegava ao topo só tinha uma direção, que era para baixo. Ele preferia sempre falar que era um eterno estudante. Quanta humildade, não?

Bruce Lee ou Chuck Norris? Quem ganharia essa briga? Não sabemos, mas saiba que de fato Norris se esquivou de dar essa resposta por muito tempo, até que admitiu que apanharia de seu professor. Afinal, ele pode ser imbatível, mas Lee é uma lenda.

Bruce Lee estrelando 'Dragão Chinês', filme de ação - Crédito: Divulgação / Warner Bros Pictures


Sobre o cineasta

O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas.

É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos.

Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.