Sucesso de 2023 e vencedor do prêmio de Melhor Filme no Oscar, 'Oppenheimer' narra a via de J. Robert Oppenheimer, o "pai da bomba atômica"
Éric Moreira Publicado em 07/04/2024, às 14h00 - Atualizado em 15/04/2024, às 17h44
Em 2023, um filme que certamente deu o que falar e chamou atenção do público foi 'Oppenheimer', o mais recente trabalho de Christopher Nolan. Vencedor do prêmio de Melhor Filme no Oscar 2024 — e de outras sete categorias —, está disponível no streaming através do Amazon Prime Video, mediante assinatura.
No filme, acompanhamos "o físico J. Robert Oppenheimer, que trabalha com uma equipe de cientistas durante o Projeto Manhattan, levando ao desenvolvimento da bomba atômica", segundo a sinopse. Não à toa, ele é frequentemente referenciado como o "pai da bomba atômica".
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Hoje, sabe-se que a criação da bomba atômica — e o eventual bombardeio nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em agosto de 1945 — marcou o fim da Segunda Guerra Mundial. Mas, o que aconteceu com o físico americano depois do conflito? Confira!
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Após o fim da Segunda Guerra Mundial, conforme repercute o site Today, Oppenheimer foi nomeado como presidente do Comitê Consultivo Geral da Comissão de Energia Atômica (AEC) — que substituiu o Projeto Manhattan, responsável pelo invento mortal —, e atuou como diretor do Instituto de Estudos Avançados, em Princeton, Nova Jersey, entre 1947 e 1966.
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De 1947 a 1952, o físico foi supervisor da investigação e desenvolvimento atômico dos Estados Unidos. Inclusive, ele se posicionou contra a criação da bomba de hidrogênio, que pelos cálculos seria bem mais poderosa que a bomba atômica.
Em plena Guerra Fria — quando os Estados Unidos enfrentavam principalmente a chamada "ameaça comunista" —, o posicionamento de Oppenheimer foi considerado controverso, o que o levou a ser investigado em 1954, acusado de simpatizar com os comunistas.
Foi nesse contexto que ele teve sua habilitação de segurança revogada, e perdeu seu cargo na AEC, o que encerraria definitivamente sua carreira.
Vale mencionar que ele só seria inocentado destas acusações em dezembro de 2022, mais de cinco décadas após sua morte.
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Fumante, Robert Oppenheimer foi diagnosticado com um câncer de garganta em 1965, segundo a biografia 'American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer', escrita por Kai Bird e Martin J. Sherwin, que serviu como fonte para Nolan produzir o filme.
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Em 1966, ele foi submetido a uma série de sessões de quimioterapia, entretanto, entrou em coma logo no ano seguinte, em 15 de fevereiro de 1967. Apenas três dias depois, ele morreu em sua residência, em Princeton, Nova Jersey, aos 62 anos.
