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Testeira

História da neurociências: O papiro de Edwin Smith

O curioso achado registra um marco da medicina, sendo o mais antigo tratado relacionado a saúde mental

Fabiano de Abreu* Publicado em 12/03/2023, às 15h00

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Montagem de Edwin com papiro histórico - Wikimedia Commons / Domínio Público
Montagem de Edwin com papiro histórico - Wikimedia Commons / Domínio Público

Quando pensamos sobre algumas condições médicas, temos a curiosidade de tentar compreender como estas eram relatadas e tratadas na antiguidade. Hoje em dia, a questão da afasia tem sido muito discutida, mas ela já foi algo de análises em tempos muito longínquos.

O caso do papiro de Edwin Smith é um exemplo magnífico. Este documento escrito data do segundo período intermédio (16/17 dinastias), mais precisamente do ano de 1700 a.C., e é entendido como o mais antigo tratado de cirurgia traumática regido por princípios científicos e fazendo elações com base na razão.

Contudo, corre a ideia que o original possa ser ainda mais antigo e que este que conhecemos seja apenas uma cópia desse documento. Este tratado tem 17 páginas e está praticamente intacto. Destaca-se por ser primeiro exemplo escrito da palavra "cérebro", bem como as primeiras descrições conhecidas de meninges e do líquido cefalorraquidiano.

Ao longo do documento são descritos 48 casos de diversas lesões cerebrais assim como as complicações que delas advêm. A afasia é um desses relatos e pode ser encontrada na descrição 20 e foi causada por um traumatismo craniano.

Nesse mesmo relato descrevem ainda a condição do paciente assim como as causas concretas que a podem ser causado depois do traumatismo. O impressionante é pensar que há 5 milénios já se debruçavam sobre as mesmas questões!


Sobre o autor

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.