A fruta tinha destino em fábricas de panetones, mas foram interceptadas pelo governo
Uma operação conduzida pelo Ministério da Agricultura interceptou cargas em dois postos em fronteiras do Brasil, impedindo a comercialização de 49 toneladas de uvas-passas contaminadas, supostamente destinadas para a fabricação de panetones.
Nas frutas secas, foi possível identificar a presença de Ocratoxia A, uma substância tóxica e nociva ao consumo humano, que é produzida por alguns tipos de fungos. Mesmo assim, as cargas encontradas chegavam a apresentar até quatro vezes mais o limite máximo permitido da substância.
De acordo com o portal de notícias G1, as fiscalizações ocorreram em dois municípios localizados na região Sul do país; nos postos de São Borja (RS) e Foz do Iguaçu (PR), as cargas foram localizadas e tinham como destino final a região metropolitana de São Paulo, onde o fracionamento para a fabricação de produtos natalinos seria realizado.
Em entrevista ao mesmo veículo, o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Reginaldo Teodoro de Souza explicou que, apesar do processo de secagem, a contaminação pode continuar no alimento, inclusive devido ao armazenamento.
"A toxina encontrada é produzida por fungos do gênero Aspegillus que podem contaminar a uva antes da colheita se houver condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento dos mesmos", apontou.
