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Notícias / Brasil

Adolescente morre depois de ingerir soda cáustica por engano

Caso ocorreu após jovem pedir água no Guarujá, litoral de São Paulo, no início de dezembro, e intriga autoridades

Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 14/01/2023, às 09h51

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Imagem meramente ilustrativa com soda cáustica - Foto por Kjetil Ree pelo Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa com soda cáustica - Foto por Kjetil Ree pelo Wikimedia Commons

Na cidade litorânea do Guarujá, localizada em São Paulo, um adolescente de 16 anos veio a óbito recentemente depois de ter ingerido soda cáustica por engano, após ter pedido água em um estabelecimento. O caso ocorreu no dia 1º de dezembro, no bairro Jardim Monteiro Cruz.

O jovem Heitor Santos Poncidonio teria saído de casa a pedido da avó para comprar cloro e desinfetante, de acordo com a história contada por Eduarda Poncidonio, prima da vítima. "Ele pegou a bicicleta e foi até a loja, que fica a uns dois quilômetros de distância daqui de casa. Quando ele estava lá, meu pai, que mora pertinho, por coincidência foi até essa mesma loja comprar luvas quando viu ele caído lá dentro e correu para ver o que estava acontecendo", contou a prima em entrevista ao UOL.

Ela ainda continua, contando que, quando o pai chegou ao estabelecimento, o adolescente, que estava caído no chão, tinha uma garrafa com um líquido leitoso e branco próximo a ele. Logo, Heitor foi encaminhado ao hospital e internado às pressas.

Versões da história e tragédia

Depois de receber alta do Hospital Santo Amaro, onde foi socorrido, Heitorcontou à família que lhe deram a garrafa com o líquido depois de ter pedido água, pois estava com sede depois do trajeto de bicicleta. "Ele contou que colocou na boca e engoliu um pouco, quando sentiu um gosto estranho e uma ardência nos lábios. Ele então cuspiu o resto que estava na boca, mas começou a se sentir mal e caiu no chão", disse Eduarda Poncidonio.

No entanto, o proprietário do estabelecimento e um outro funcionário negaram a versão, e contaram que Heitor havia apanhado a garrafinha por conta própria e ingerido o líquido. A descoberta de que o jovem tinha ingerido o produto químico foi constatada só na unidade de saúde em que foi socorrido, onde permaneceu em tratamento por 12 dias.

Desde que foi liberado, porém, a saúde de Heitorainda preocupava familiares: "[...] eu sabia que, no fundo, ele sentia dores, mas escondia porque a mãe dele, minha tia, é cardíaca, está adoentada e ele não queria preocupá-la", declarou Eduarda ao UOL. Então, no último sábado, 7, o jovem teria apresentado piora em sua saúde e foi encaminhado às pressas à Casa de Saúde do Guarujá, mas não resistiu e morreu.

"Nós estamos arrasados. Minha avó se sente culpada de ter pedido para ele ir comprar os produtos. Eu sinto muitas saudades dele, ele era um menino muito bonzinho, ingênuo até, estava se preparando para se tornar técnico em informática. Fazia aniversário no mesmo dia que eu. Esperamos que a justiça seja feita agora. Não é possível que esse senhor (o proprietário do comércio) fique impune", declarou Eduarda Poncidonio.

Durante as investigações, a polícia constatou que a câmera de segurança do estabelecimento não estava funcionando. Além disso, a garrafa com o líquido ingerido não foi encontrada, mas a investigação segue em aberto.