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Notícias / Hard News

Após 26 anos preso injustamente, Dontae Sharpe finalmente conseguiu seu perdão

Na década de 1990, o homem foi condenado por crime que não cometeu

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 13/11/2021, às 09h56

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Dontae Sharpe em seu documentário para a BBC - Divulgação / Youtube BBC News Brasil
Dontae Sharpe em seu documentário para a BBC - Divulgação / Youtube BBC News Brasil

Preso em 1994 sob acusações de assassinato, o inocente Dontae Sharpe conseguiu seu perdão na última sexta-feira, 12, no estado de Carolina do Norte, Estados Unidos.

Desde 2019, Sharpe estava solto e agora, como um homem ‘perdoado’, tem direito a US$ 750 mil de compensação, cerca de 4,1 milhões de reais na conversão atual.

O caso pelo qual Dontae estava preso, que já tem mais de 27 anos, envolveu a morte de George Radcliffe e o testemunho de Charlene Johnson, que tinha 13 anos na época e afirmou que presenciou o homem inocente atirando em Radcliffe.

Meses depois do tribunal que prendeu Sharpe, Johnson admitiu que tinha mentido e assim não havia mais nenhuma prova concreta de que Dontae era culpado — no entanto, o homem inocente continuou preso por um quarto de século. As informações são da cobertura das publicações The Guardian e Slate.

Durante o anúncio do perdão, que está sendo visto como um avanço para o tratamento de pessoas negras no sistema, o governador Roy Cooper afirmou que este processo deveria ter acontecido há muito tempo: “Sr. Sharpe e outros que foram condenados erroneamente merecem ter essa injustiça reconhecida publicamente”.

No entanto, para o próprio Dontae Sharpe, sua participação nesta causa não acaba com seu perdão. Devido ao que aconteceu com ele, o homem inocente está dedicando-se a lutar contra a corrupção no sistema judiciário que o manteve na prisão e faz o mesmo com outros.

“Minha liberdade ainda está incompleta enquanto tem pessoas indo para a prisão injustamente, se tiver pessoas presas por erros do sistema e se ainda tem pessoas esperando por perdões como o meu”, informou ao The Guardian.