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Notícias / Israel

Arqueólogos descobrem oficina de cobre de 6,5 mil anos em Israel

Localizado no deserto de Negev, o espaço pode ter sido o mais antigo já encontrado com uma fornalha instalada

Wallacy Ferrari Publicado em 06/10/2020, às 09h50

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Pesquisadores analisam espaço de produção de minério - Talia Abulafia / Autoridade de Antiguidades de Israel
Pesquisadores analisam espaço de produção de minério - Talia Abulafia / Autoridade de Antiguidades de Israel

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em parceria com a Autoridade de Antiguidades de Israel, localizou uma impressionante oficina destinada a fundição de minério de cobre em Bersebá, capital do deserto de Negev. O estudo foi iniciado em 2017 durante uma escavação de emergência para proteger antiguidades, descobrindo uma estranha estrutura linear.

A pesquisa, publicada no Journal of Archaeological Science: Reports, conseguiu revelar rastros da produção doméstica do material há aproximadamente 6,5 mil anos atrás.

Os buracos existentes no local possibilitavam a fundição do metal com cacos de um forno feito com estanho, porém, as ferramentas ainda eram de pedra — com o processo realizado longe das minas de extração.

Local anteriormente usado para fundição do minério / Crédito: Talia Abulafia / Autoridade de Antiguidades de Israel

Os pesquisadores ainda conseguiram — através de uma análise dos isótopos de fragmentos da fornalha — descobrir a origem do minério bruto; de acordo com os profissionais, o material metalúrgico foi transportado para Wadi Faynam, atualmente território da Jordânia, a 100 quilômetros de distância de Bersebá.

Um dos autores do estudo, o prof. Erez Ben-Yosef, explicou que, apesar das limitações, a oficina tinha procedimentos meticulosos para obter o material: “É importante entender que o refino do cobre era a alta tecnologia da época. Não havia tecnologia mais sofisticada do que essa em todo o mundo antigo. [...] Você precisava de certos conhecimentos para construir fornos especiais que podem atingir temperaturas muito altas, mantendo baixos níveis de oxigênio”.