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Notícias / Agulhas

Arqueólogos encontram agulhas de pedra mais antigas da história

Artefatos foram encontrados no oeste do Tibete por uma equipe de arqueólogos da Universidade de Sichuan, na China

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 01/07/2024, às 09h18

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Agulhas encontradas no Tibete - Divulgação/Universidade de Sichuan
Agulhas encontradas no Tibete - Divulgação/Universidade de Sichuan

Uma equipe de arqueólogos da Universidade de Sichuan , na China, descobriu em 2020, próximo ao lago Xiada Co, no oeste do Tibete, seis artefatos de pedra incomuns.

A análise revelou que esses objetos — que possuem cada qual uma ponta afiada e uma abertura em formato de olho na outra extremidade — são agulhas de costura de pedra, com até 9.000 anos de idade, sendo as mais antigas já encontradas.

Até então, as agulhas de pedra mais antigas eram de 2.700 anos, encontradas na província de Henan, China. A descoberta, portanto, sugere que as agulhas de pedra surgiram 6.000 anos antes do que se pensava.

O surgimento de agulhas com aberturas semelhantes a um olho é considerado um marco para a civilização humana, permitindo a confecção de roupas e abrigos melhores, facilitando a vida em regiões frias.

Detalhes da descoberta

As agulhas recém-descobertas são feitas de tremolita, serpentina, actinolita e talco e, como destacaram os pesquisadores, das seis encontradas, duas estavam intactas, com os furos preservados. Além disso, a agulha 1, a mais longa e larga, apresentava marcas de raspagem e moagem, sugerindo um processo de fabricação complexo.

Os pesquisadores replicaram o processo de fabricação, usando tremolita e obsidiana, confirmando as técnicas usadas. Esse processo demorava muito mais que a fabricação de agulhas de osso, sugerindo que as feitas de pedra eram usadas para materiais mais espessos, como tendas.

A análise microscópica encontrou vestígios de tinta vermelha em uma das agulhas, indicando um possível uso simbólico ou religioso. No entanto, ainda há debate sobre o uso exato desses artefatos. Alguns especialistas sugerem que poderiam ser ferramentas para tecer redes de pesca ou até ornamentos pessoais.

+ Confira aqui o estudo completo.