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Notícias / Brasil

Ataque de piranhas deixa 8 pessoas feridas em resort no Amazonas

Piranhas provavelmente estariam atrás da comida que os visitantes do resort de vez em quando jogam no rio

Redação Publicado em 11/05/2023, às 13h17

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Piranhas-vermelhas no Zoológico de Londres em 2010 - Oli Scarff/Getty Images
Piranhas-vermelhas no Zoológico de Londres em 2010 - Oli Scarff/Getty Images

Oito pessoas aproveitando as férias em um resort foram atacadas por piranhas após terem adentrado um riacho na região de Tarumã-Açu, no nordeste de Manaus, capital do estado de Amazonas.

Os peixes morderam as pernas e pés dos turistas. Pode-se pensar que as piranhas estavam atacando os humanos por invadirem sua área, mas o site de divulgação científica LiveScience repercutiu análises de especialistas que acreditam que o ataque veio de uma "confusão de identidade": as piranhas podem ter achado que as pessoas estavam ali para alimentá-las, como fazem muitos dos visitantes do local. 

Segundo Steve Huskey, professor de biologia entrevistado pelo mesmo veículo, esses peixes não costumam atacar humanos sem serem provocadas. O costume à comida que é jogada no rio, neste contexto, teria colaborado para confundir as piranhas sobre o que foi atacado por elas.

Frenesi coletivo

A piranha-vermelha (Pygocentrus natteteri), que atacou os turistas no Amazonas, assim outras espécies parecidas, podem algumas vezes entrar em frenesis coletivos de ataque para se alimentar. Algumas espécies do gênero Pygocentrus, aliás, estão entre as piranhas mais perigosas do mundo, segundo revelado pelo cientista brasileiro Paulo Andreas Buckup ao LiveScience. 

Esse tipo de frenesi coletivo normalmente só acontece em circunstâncias extremas, como escassez de comida por longo período, ou a presença de muitas piranhas em um lago pequeno.

O ataque e a caça vindos dos peixes desse tipo é uma atitude rara, e pode acontecer quando, por exemplo, banhistas confundem as piranhas ao invadir seu local de alimentação.

Outro detalhe é que o peixe tem uma incrível pressão de mordida, e avança e foge enquanto morde a presa, tentando fugir da rota de seus companheiros no ataque para não ser mordido por outra piranha.

Segundo o ictiologista (especialista em peixes) Mark Sabaj Perez, que falou também com o LiveScience, é que a atitude de alimentar as piranhas só piora esse aspecto, já que isso reforça a capacidade que elas já tem de morder e atacar.