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Notícias / Bolsonarismo

Casal bolsonarista se casa em frente a quartel durante ato golpista

Noivos há uma década, Rodrigo Tramontim e Jeserela Carvalho deixaram os filhos com os avós e passaram a viver 24 horas por dia em frente a quartel em Ponta Grossa (PR)

Redação Publicado em 10/12/2022, às 11h14

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Casamento de Rodrigo Tramontim e Jeserela Carvalho - Arquivo Pessoal
Casamento de Rodrigo Tramontim e Jeserela Carvalho - Arquivo Pessoal

Cristãos, patriotas, conservadores e, agora, recém-casados. O casal Rodrigo Tramontim, de 40 anos, e Jeserela Carvalho, de 29, estavam noivos há uma década e planejavam se casar, apenas no cartório, em dezembro deste ano. 

Mas uma coisa mudou tudo: a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais. Participantes de manifestações golpistas, o casal bolsonarista é figurinha carimbada em frente ao quartel do Exército em Ponta Grossa, no Paraná.

"O nosso casamento estava para dezembro, mas por conta de toda essa situação, cancelamos. Era pra ser apenas no cartório e sem festa. Mas o pessoal da manifestação nos presenteou”, conta Rodrigo ao UOL. 

O presente apontado pelo empresário do ramo da segurança privada foi uma cerimônia realizada em frente ao quartel onde o casal diz permanecer 24 horas por dia — deixando o local “apenas para tomar banho” onde moram. O casamento aconteceu na última quinta-feira, 8.

Pais de duas crianças, uma menina de 7 anos e um garoto de 4, Rodrigo e Jeserela dizem que os filhos passaram a morar com os avós paternos após o início da empreitada em frente ao Exército.

Não vamos arredar o pé, somente após terminar tudo isso. A lua de mel a gente vê depois. Estamos em outra missão neste momento”, aponta Tramontim. “A gente tem planejado ir para Gramado. Se der tudo certo após isso, vamos para lá. Por enquanto está adiado", explica.  

A cerimônia

O casal aponta que a cerimônia foi um presente dado a eles pelos demais manifestantes que também estão acampando em frente ao quartel. "Numa conversa, surgiu o primeiro presente que foram as alianças e depois disso todos os demais começaram a querer participar e ajudar de alguma maneira”, disse a noiva. 

“Alguns com carneiro, leitão, costela, outros deram arroz, maionese, salada, refrigerante e ornamentação. Cada um dos manifestantes participou de alguma forma", recorda Jeserela, que calcula que entre “400 e 500 pessoas” participaram da celebração, o que inclui amigos, familiares, manifestantes e curiosos.