Uma equipe de cientistas conseguiu realizar ‘contato’ com baleias, que pode preparar humanidade para conversa com alienígenas; entenda!
Isabelly de Lima Publicado em 11/04/2024, às 10h03
Em 2021, em Frederick Sound, ao largo da costa sudeste do Alasca, uma equipe de seis cientistas do Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI), na Califórnia, emitiu um som através de um alto-falante subaquático para um grupo de baleias jubarte.
Este foi o quarto esforço da equipe para interagir com os mamíferos marinhos após um dia sem sucesso, durante o qual eles transmitiram uma variedade de sons diferentes. No entanto, desta vez, uma baleia se separou do grupo e se aproximou do barco onde a equipe estava, mergulhando suavemente e, em seguida, respondendo ao som.
Os pesquisadores acreditam que esta interação pode ter sido a primeira "conversa" intencional entre humanos e baleias. Os sons emitidos pelos cetáceos possuem complexidade e inteligência, semelhantes à linguagem utilizada pelos seres humanos ou, até mesmo, por possíveis extraterrestres.
A decodificação do "baleiês" poderia, portanto, ajudar na comunicação com seres de outros planetas, se algum dia forem encontrados. A troca com a baleia, apelidada de Twain, durou cerca de 20 minutos.
A pesquisadora Brenda McCowan, responsável pela transmissão dos sons, adaptou a cadência dos ruídos de baleias para corresponder à dos humanos, mantendo o animal engajado.
Então, para manter o animal engajado, comecei a combinar a latência dos ruídos dela [baleia] com a dos nossos. Se ela esperava dez segundos, eu também esperava dez. Acabamos nos sintonizando. Fizemos isso 36 vezes ao longo de um período de 20 minutos” relatou a pesquisadora à rede BBC, de acordo com o portal O Globo.
Já foi documentado que baleias imitaram dialetos de diferentes grupos e até tentaram reproduzir a língua humana. No caso de Twain, os pesquisadores utilizaram a "linguagem" das baleias jubarte, o que pode explicar algum nível de reconhecimento ou mesmo conhecimento por parte do animal.
