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Notícias / Dia D

Dia D: Após 80 anos, restos de aviadores desaparecidos podem ter sido encontrados

Após sucesso em deixar 14 paraquedistas na Invasão da Normandia, em 6 de junho de 1944, cinco aviadores foram abatidos e três estão desaparecidos desde então

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 04/06/2024, às 10h44 - Atualizado às 11h00

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Tenente William Donohue e o sargento David Madson - Coleção do Aeródromo do Exército em Waco/Forças Aéreas do Exército dos EUA
Tenente William Donohue e o sargento David Madson - Coleção do Aeródromo do Exército em Waco/Forças Aéreas do Exército dos EUA

Considerado um dos momentos mais cruciais da Segunda Guerra, a Invasão da Normandia, também conhecida como Dia D, completa 80 anos na próxima quinta-feira, dia 6. Apesar de todo esse tempo, algumas histórias sobre o episódio continuam sendo escritas.

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Por volta das 2h44 do dia 6 de junho de 1944, cinco aviadores tiveram sucesso ao levar 14 paraquedistas da 82ª Divisão — que junto com a 101ª liderou os ataques aéreos na fase inicial da Operação Overlord — até suas respectivas marcas de pouso. Depois disso, acabaram abatidos.

Dias depois, recorda a CNN Brasil, os corpos do piloto e do chefe de tripulação foram encontrados, mas o copiloto, o operador de rádio e o navegador permaneceram sumidos e sem um destino definitivo; o que pode mudar agora após trabalho de uma agência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. 

A agência localizou o que parece ter sido o local de queda da aeronave C-47 que foi abatida; por lá, foram identificados restos mortais que podem pertencer aos três combatentes: o 2º Tenente William Danohue (copiloto); o sargento David Madson (operador de rádio) e o 2º Tenente Albert Brooks (navegador). 

Uma aeronave C-47, usada no Dia D - Serviço de Distribuição de Informação Visual da Defesa

Embora a melhor opção de um avião atingido seria os tripulantes saltarem de paraquedas, Donohue, Madson e Brooks, além do Major McKinley McCanless (chefe da tripulação) e o primeiro-tenente Samuel Williams Jr. (piloto) — esses dois últimos sendo os dois encontrados dias depois, conforme citado acima — não tiveram esse tempo hábil. 

Testemunhas oculares apontaram que o C-47 "atingiu o chão e pegou fogo", o que matou imediatamente os cinco combatentes, conforme os registros feitos pela agência. 

As buscas

Em meados de 2016, uma denúncia apontou que o local do acidente na Normandia havia sido redescoberto em terras agrícolas. Três anos depois, a Agência de Contabilidade de prisioneiros de guerra e desaparecidos em combate dos EUA (DPAA) enviou uma equipe para avaliar o local.

Por lá identificaram "parte de um indicador de velocidade do ar e parte de um ajustador de carga do C-47", aponta o Dr. Eric Klinek, historiador da agência, à CNN. 

Após um trabalho intensivo de semanas, uma varredura na área coletou não só possíveis itens de suporte à vida, como "fivelas de paraquedas, fragmentos de fones de ouvido e lanternas padrão que cada membro do serviço receberia e carregaria consigo", conforme relatado também à CNN pelo capitão Brian Foxworth, líder da equipe de busca, mas também encontrou "possível material ósseo". 

Os trabalhos de escavação foram concluídos no final de maio deste ano e estão os materiais encontrados estão sendo levados para um laboratório da DPAA na Base Aérea de Offutt, em Nebraska, onde serão analisados. Acredita-se que a identificação possa demorar até um ano e meio.