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Notícias / A Sociedade da Neve

Diretor de A Sociedade da Neve engavetou cenas com cérebros: 'Sairiam do cinema'

Sucesso na Netflix e indicado ao Oscar, A Sociedade da Neve retrata uma das maiores tragédias da aviação, marcada pela sobrevivência das vítimas

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 08/02/2024, às 11h55 - Atualizado em 17/02/2024, às 08h31

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Cena do filme 'A Sociedade da Neve' - Divulgação/Netflix
Cena do filme 'A Sociedade da Neve' - Divulgação/Netflix

Sucesso na Netflix e indicado em duas categorias no Oscar, 'A Sociedade da Neve' se tornou um dos filmes mais elogiados deste início de ano. Ao retratar uma das maiores tragédias da história da aviação, o longa revive o que ficou conhecido como 'Milagre dos Andes'. 

Em outubro de 1972, um avião que levava o time de rugby uruguaio 'Old Christians Club', do Uruguai até o Chile, colidiu com uma montanha na Cordilheira dos Andes. Além dos esportistas, o voo também contava com familiares e colegas, resultando em 45 pessoas. 

No entanto, tal situação era mais desesperadora para os sobreviventes da tragédia. Eles enfrentaram o frio, a fome e até mesmo uma avalanche. Piorando a situação, precisaram se alimentar dos cadáveres das vítimas da tragédia, numa desesperada tentativa de sobreviver. 

A história, que choca as pessoas há mais de 50 anos, inspirou o filme A Sociedade da Neve. Do diretor Juan Antonio Bayona, o longa compreende uma adaptação da história apurada pelo jornalista Pablo Vierci. 

Cérebros

Com cenas sensíveis e impressionantes, o filme chegou a cogitar cenas em que os cérebros são retirados de cabeças cortadas. No entanto, Bayona optou por não incluir esses momentos no resultado. 

"O Jota (apelido do diretor J. A. Bayona) sempre gosta de gravar todas as possibilidades, ter o material pronto para a montagem final. Então fizemos muitas coisas para ele. Desde comer tutanos até cortar cabeças para tirar cérebros, de tudo. Nós dizíamos a ele: 'Mas isso é necessário?'. Ele queria tudo", explicou David Martí, um dos donos do estúdio DDT, responsável pelas réplicas impressionantes dos corpos mostrados no filme e outros efeitos visuais.

Em entrevista ao El País, ele também explicou o que fez Bayona não incluir as cenas na versão final do longa. Para o diretor, seria insuportável. 

"Quando perguntei por que havia retirado nosso trabalho, ele mesmo disse que achou insuportável de ver. 'Se as pessoas vissem isso, sairiam do cinema'", destacou Martí.