Enquanto estava na faculdade, Dylan Stone-Miller foi convencido a doar esperma para fazer uma renda extra; entre seus 20 e 25 anos, ele fez cerca de 400 doações
Em 2011, enquanto estudava na Georgia State University, Dylan Stone-Miller acabou sendo convencido por um amigo a se tornar doador de esperma. Com doações feitas ao bando de Xytex, em Atlanta, que atende clientes de todo o mundo, o rapaz passou a ganhar 100 dólares por contribuição.
Entre seus 20 e 25 anos, Dylan fez cerca de 400 doações, o que lhe rendeu 40 mil dólares. "Em última análise, minha motivação era financeira, para ajudar a pagar as contas e as mensalidades como um estudante falido", disse em entrevista à People.
Embora os limites para doações de esperma não sejam regulamentados nacionalmente, a Xytex informou ao doador que seu material genético seria enviado para um limite de 40 famílias. "Pensei que não conseguiria atingir esse limite".
Mas tudo mudou a partir de 2020. No mesmo dia que começava em seu novo emprego em uma empresa de engenharia de software, Stone-Miller recebeu uma mensagem em seu instagram: uma mulher que recebeu sua doação gostaria de agradecê-lo.
Ao ver as fotos de sua filha biológica no perfil da mulher, Dylan logo se encantou: "Ver o rosto lindo dessa menina me encheu de muita alegria, amor e gratidão", lembra ele. "Tive que lutar para conter as lágrimas".
Com o passar dos meses, Stone-Miller passou a se conectar com dezenas de pais que receberam suas doações. Na última contagem feita pelo sujeito, ele estimava ter 97 filhos biológicos; mas a soma pode ser muito superior, ultrapassando os 250, segundo a People.
+ O que se sabe sobre o homem que pode ter mais de 500 filhos?
"Uma das razões pelas quais concordei em doar originalmente", diz ele, "foi porque assinei algo dizendo que o banco de esperma protegeria minha identidade até que as crianças completassem 18 anos".
Entretanto, Dylan descobriu que as famílias o localizavam por meio de informações básicas que tiveram acesso, como seu primeiro nome, cidade natal e até a profissão de seus pais — informações cruzadas que facilmente revelariam sua identidade. Agora, o doador de esperma não só conhece parte dessas famílias como mantém contato com elas.
Neste momento conheço pelo menos 62 famílias", diz, observando que algumas delas tiveram vários filhos usando o seu esperma. "Mas normalmente apenas cerca de 40 por cento dos pais receptores reportam o seu nascimento ao banco de esperma, por isso prevejo que haja cerca de 150 famílias e mais de 250 crianças".
Desde 2021, ele também passou a conhecer seus filhos, desde que seus pais concordem com isso, é claro. Atualmente, ele já se encontrou com 26 deles. "Não é como se estranhos se encontrassem. É como se amigos online se tornassem amigos com um compromisso mútuo para toda a vida".
O laço mais forte que possui é com um menino de seis anos que ele visita há três. "Eu o chamo de Doador Dylan e mal posso esperar para vê-lo… Ele faz-me rir".
Atualmente morando em Washington, Dylan soube recentemente que seu filho mais novo nasceu há quatro meses. "O banco de esperma me disse que me aposentaram", finaliza, "mas não há exigência legal nos EUA para que parem de distribuir meu esperma doado".
