Os passeios fazem parte de um conjunto chamado de 'cidades corajosas'
Redação Publicado em 10/08/2022, às 17h05
O conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia, iniciado no dia 24 de fevereiro deste ano, segue todos os dias implicando em um aumento no número de mortes em ambos os lados, além da destruição gradativa do território e cidades ucranianas, com a invasão russa. No entanto, nem todos veem o cenário de guerra como repulsivo, e recentemente uma empresa de turismo subverteu, de certa forma, o significado dos escombros.
A plataforma online de turismo visitukraine.today lançou recentemente um pacote com um total de oito passeios por cidades e locais devastados pela guerra da Ucrânia, por um valor de apenas 50 euros cada. O pacote se chama 'brave cities' ('cidades corajosas', em tradução literal), e incentiva turistas estrangeiros a visitarem cidades atingidas por bombardeios russos, como informado pelo g1.
Segundo Anton Tanarenko — CEO da empresa — em entrevista à CNN, a iniciativa não se enquadra no que é conhecido como 'dark tourism' ('turismo sombrio', em português) — prática que consiste em visitar locais que possuem algum histórico de morte, desastres ou destruição. Pelo contrário, ele afirma que o objetivo da causa é mostrar o espírito de coragem do povo ucraniano e que a vida continua, mesmo durante guerra.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos assimilou a Ucrânia ao nível 4 em uma escala de segurança para determinar o quão seguro o local é para receber visitantes. Assim sendo, o valor na escala faz com que o governo estadunidense não recomende que seus cidadãos viajem ao país europeu.
No entanto, apesar do risco, no site visitukraine.today são disponibilizadas recomendações em inglês para garantir a segurança dos turistas — além de algumas imagens que podem servir como prévia para a visão que se pode ter do local. Ali, são oferecidas informações sobre como cruzar as fronteiras do país, além de informações sobre cidades com bombardeamentos em atividade.
Além disso, algumas recomendações são passadas, como que o turista "não se coloque em situação de risco saindo durante toques de recolher ou alarme aéreo", e também sugere especialmente que "vá a cidades relativamente seguras, não a locais onde atividades hostis estejam em andamento".
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