Almofadas seriam presentes nas patas de grandes dinossauros para suportar seu próprio peso
Éric Moreira Publicado em 13/08/2022, às 09h22 - Atualizado às 09h29
De acordo com alguns estudos recentes, os famosos dinossauros gigantes de pescoço comprido deveriam ter almofadas em suas patas. A afirmação se deve pela observação de que partes de seus esqueletos poderiam não suportar todo o peso que estes animais podiam alcançar.
Como informado pelo novo estudo, os saurópodes — grupo de dinossauros herbívoros, quadrúpedes e de pescoço comprido — precisariam da adaptação em suas patas para que pudessem atingir todo o tamanho pelo qual são conhecidos hoje em dia.
A conclusão foi feita a partir de simulações computacionais de como eles andavam e das forças sobre os ossos de suas patas, visto que o tecido das almofadas seria mole e se decomporia com maior facilidade ao longo do tempo.
As conclusões foram divulgadas na última edição da revista científica Science Adventures, e realizadas pelos pesquisadores Andréas Jannel e Steven Salisbury, da Universidade de Queensland, e Olga Panagiotopoulou, da Universidade Monash. Graças às simulações em 3d, eles ainda puderam desenvolver um esboço de como os amortecedores evoluíram junto do grupo de dinossauros, a partir de análises de pegadas.
Por muito tempo, na época em que os dinossauros ainda dominavam o globo terrestre, os saurópodes eram os maiores animais terrestres vertebrados do planeta. Dessa forma, eles podiam chegar a um comprimento total de cerca de 30 metros, o que é superado apenas pelas baleias-azuis vivas até os dias de hoje, como informado pela Folha de S. Paulo.
Dessa forma, sempre foi motivo de questionamento e pesquisas por parte de paleontólogos de que forma os animais conseguiam alcançar tamanho colossal. Até o século passado, inclusive, muitos acreditavam que os saurópodes fossem semiaquáticos — visto que a locomoção na água seria menos agressiva para seu esqueleto.
Desde então, sempre foi fato que as espécies deveriam apresentar pelo menos alguma adaptação para que pudessem viver bem em terra firme. Outros exemplos de evoluções que possibilitariam sua vida no ambiente terrestre seriam suas patas em formato de coluna, e vértebras pneumáticas — como se os ossos fossem parcialmente ocos, o que diminuiria seu peso.
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