Por mais de um século os documentos sobre o patrimônio da família real foram mantidos em segredo
Redação Publicado em 08/09/2022, às 19h28
Uma parte da fortuna detida pela família real de Windsor, do Reino Unido, foi escondida em um conjunto de 33 testamentos que são protegidos de forma legal do olhar público. A apuração foi feita jornal The Guardian, em julho deste ano.
O valor foi calculado a partir da observação de registros públicos do patrimônio da família real, levando em consideração o atual valor da moeda. O total seria cerca de 187 milhões de libras, equivalente a 1,2 bilhões de reais.
Ainda segundo o jornal, via GQ, tais testamentos teriam ajudado a esconder a transferência de bens como residências, terras, joias e dinheiro, entre familiares, amigos e os empregados da família por mais de um século.
Se considerar os valores atuais da moeda, o filho do rei Eduardo VII, o Duque de Fife, casado com a princesa Louise, teria deixado para trás uma fortuna que é avaliada em 79 milhões de libras, cerca de R$ 509 milhões.
Segundo o valor da época, a irmã da rainha, a princesa Margaret, teria transferido um valor equivalente a 7,7 milhões de libras na ocasião de sua morte, em 2002. Desde o início do século 20, os testamentos de membros da família real foram mantidos em segredo.
Porém, em setembro de 2021, a decisão pela não divulgação do testamento do príncipe Philip, que morreu em abril de 2021, se tornou pública pelo juiz da Suprema Corte Andrew McFarlane.
De acordo com o julgamento, a abertura do conteúdo "não seria do interesse público" e levaria a "intrusões na vida e privacidade do soberano e seus familiares". Essa foi a primeira vez que o público teve acesso a uma decisão a respeito de tal assunto.
