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Notícias / Meteorito

Geólogos encontram evidências mais antigas de impacto de meteorito na Terra

As evidências foram encontradas em esférulas rochosas de 3,48 bilhões de anos e podem ajudar especialistas a entender melhor o início da história do planeta

Redação Publicado em 18/03/2023, às 11h13

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A formação Dresser, onde foram encontradas as rochas de 3,5 bilhões de anos, na Austrália - Divulgação / UNSW SYDNEY
A formação Dresser, onde foram encontradas as rochas de 3,5 bilhões de anos, na Austrália - Divulgação / UNSW SYDNEY

Cientistas acreditam ter descoberto evidências do primeiro impacto de meteoritos na Terra, em esférulas rochosas de 3,48 bilhões de anos. As provas são até mesmo mais velhas que algumas partes da crosta terrestre. Essas evidências podem auxiliar especialistas numa melhor compreensão do início da história do planeta

A informação é da revista britânica New Scientist e, de acordo com os geólogos, foi possível localizar o material analisado em meio a um grupo de rochas sedimentares e vulcânicas, de nome Formação Dresser, localizado na Austrália Ocidental. Essa região é conhecida também por conter a cratera Yarrabubba, considerada a formação de impacto mais antiga, datada de 2,23 bilhões de anos atrás

Os cientistas realizaram testes para verificar as texturas e composições químicas das rochas, já que elas não são formações exclusivas do impacto de meteoritos. Comprovou-se, em meio a esse processo, que nelas havia grandes quantidades de “componentes extraterrestres”, como descrito pelo autor Christian Köberl à New Scientist. Entre esses componentes, estavam o irídio, alguns isótopos de ósmio e minerais espinélios de níquel-cromo.

Ainda de acordo com Christian Köberl, como repercutido pela Galileu, encontrar impactos de meteoritos antigos é uma importante tarefa que pode ajudar na reconstrução dos primeiros anos da Terra. A equipe busca, agora, melhorar sua compreensão das camadas do material, e dessa forma, verificar o que elas revelam sobre o dia a dia de bilhões de anos atrás.

Descoberta

Foi na forma de minúsculas esférulas de rocha, cada uma com menos de 1 milímetro de diâmetro, que surgiu a nova evidência. No momento em que ocorre um choque de alta velocidade de um meteorito no solo, elas podem ser formadas. Com esse impacto, pedaços de rochas derretidas voam para o ar, como uma espécie de gotícula respingada. E o material se solidifica em um formato que lembra lágrimas ou halteres, ao retornar ao solo.