Os cientistas ainda descobriram cinco novos meteoritos no continente
Luisa Alves, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 21/01/2023, às 10h14
Cinco novos meteoritos foram encontrados na Antártida por uma equipe internacional de pesquisadores. Entre as descobertas havia um meteorito de 8 quilos. Novidade essa, divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Museu Field de História Natural de Chicago, nos Estados Unidos.
Liderados por Vinciane Debaille, da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, quatro cientistas participaram da missão de procura da pedra espacial: com a cientista Ryoga Maeda, também da Universidade Livre de Bruxelas; Maria Valdes, cientista do Museu Field; e Maria Schönbächler, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça. Essa foi a primeira equipe a explorar novos locais em potencial para meteoritos.
Essas regiões foram mapeadas com imagens de satélite por Veronica Tollenaar, estudante de mestrado em glaciologia da Universidade de Bruxelas. Como repercutido pela revista Galileu, essa descoberta comprova uma maior facilidade de encontrar pedras espaciais conservadas na Antártida, um continente frio e remoto.
Partir de uma aventura explorando áreas desconhecidas é emocionante”, disse Vinciane Debaille, em comunicado. “Mas também tivemos que lidar com o fato de que a realidade no terreno é muito mais difícil do que a beleza das imagens de satélite”.
A Antártida é um dos melhores lugares do mundo para se caçar essas pedras espaciais por se tratar de um deserto gelado com um clima seco que limita o grau de intemperismo que os meteoritos experimentam.
Além disso, a paisagem branca se torna ideal por destacar as rochas espaciais escuras. Quando as pedras afundam no gelo, o movimento de agitação das geleiras ajuda a trazê-los para perto da superfície.
Segundo Vinciane Debaille, dos 45 mil meteoritos que eles recuperaram no continente no século passado, somente 100 são do tamanho dessa inusitada descoberta de 8 quilos, ou podem ser ainda maiores.
Ela disse estar ansiosa para ver o que revelam as análises. De acordo com Debaille, quanto maiores as amostras, "melhor poderemos entender nosso Sistema Solar e melhor poderemos entender a nós mesmos”.
Os cinco meteoritos serão analisados no Instituto Real Belga de Ciências Naturais. Já no caso de sedimentos potencialmente contendo minúsculos micrometeoritos, eles foram divididos para estudo em outras instituições.
