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Notícias / Crimes

Globo e Drauzio Varella são condenados a indenizar pai de garoto morto em R$ 150 mil

O filho do homem foi assassinado pela detenta Suzy, que foi abraçada pelo médico em matéria exibida pela emissora no ano passado

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 23/06/2021, às 08h08 - Atualizado às 11h53

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Suzy é abraçada pelo médico Drauzio Varella - Divulgação / YouTube / TV Globo
Suzy é abraçada pelo médico Drauzio Varella - Divulgação / YouTube / TV Globo

O médico Drauzio Varela e a TV Globo foram condenados a indenizar o pai do garoto de nove anos morto pela detenta Suzy Oliveira, que foi abraçada pelo profissional da saúde durante uma reportagem exibida pelo dominical 'Fantástico' em março de 2020. De acordo com o portal UOL, o valor da indenização é de R$ 150 mil.

A decisão foi assinada pela pela juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo, avaliando que o fato criminoso que a levou a cadeia foi revivido pela emissora de maneira massiva na sociedade, resultando em um "novo abalo psicológico" ao pai. O texto acrescenta o termo "piedade social" devido a repercussão do caso na mídia.

Em primeira instância, os condenados ainda podem recorrer: "Por todo o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial para condenar solidariamente os requeridos ao pagamento ao autor de indenização por danos morais no importe de R$ 150.000,00 devidamente corrigido e acrescido de juros de 1% ao mês, ambos desde a data da sentença até o efetivo pagamento".

Relembre o caso Suzy

A prisioneira Suzy foi entrevistada por Drauzio Varella em uma reportagem transmitida na noite do dia 1º de março de 2020. Durante a conversa, relatou os abusos carcerários, o isolamento de outras detentas e causou comoção nas redes sociais após afirmar que não recebe visitas há oito anos.

Comovido, o médico abraçou a detenta no encerramento da entrevista. Contudo, um documento judicial revelado pelo deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) durante a semana seguinte apontou que Suzy era condenada por um cruel homicídio infantil, resultando em críticas de internautas. Na época,Drauzio respondeu que era “médico, não juiz”.