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Notícias / Sepultamento

Idoso levado a banco para retirar empréstimo será enterrado neste sábado, 20

O sepultamento social de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, será realizado no Cemitério de Campo Grande, no Rio de Janeiro, neste sábado

Redação Publicado em 19/04/2024, às 14h28

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Registro do idoso levado a banco - Reprodução/Vídeo
Registro do idoso levado a banco - Reprodução/Vídeo

O corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, levado por uma mulher a uma agência bancária na última terça-feira, 16, para solicitar um empréstimo de R$ 17 mil, teve sua declaração de sepultamento assinada por um parente somente nesta sexta-feira, 19. Após passar os últimos dias no Instituto Médico-Legal (IML), ele será sepultado no Cemitério de Campo Grande neste sábado, 20.

Ainda nesta semana, uma irmã de Érika de Souza Vieira Nunes, 42, detida por vilipêndio ao cadáver e fraude, compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML) com outras três pessoas, alegando serem parentes e vizinhos, para apresentar uma Declaração de Hipossuficiência. O objetivo era garantir que o sepultamento de Paulo Roberto fosse realizado sem custos.

Na terça-feira, Érika de Souza levou o idoso a uma agência bancária em Bangu para retirar um empréstimo de R$ 17 mil. Ao chegar lá, aparentemente, o idoso já estava sem vida. Segundo o documento, a causa da morte foi broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca. 

No dia seguinte, o exame de necropsia realizado pelo IML apontou que Paulo Roberto faleceu entre as 11h30 e 14h30 da última terça-feira. Naquele mesmo dia, às 15h, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito do idoso, ainda na agência bancária. 

Conforme repercutido pelo jornal O Globo, o especialista responsável pelo documento ressaltou que “não há elementos seguros para afirmar, do ponto de vista técnico e científico, se o Sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou interior da agência bancária, ou que foi levado já cadáver à agência bancária”. 

Contudo, a polícia aguarda um exame toxicológico que determinará se o idoso ingeriu alguma substância tóxica que possa ter contribuído para sua morte. O resultado do segundo laudo está previsto para ser concluído em três dias, segundo os peritos.

Histórico de saúde

O laudo também revelou que Paulo Roberto estava “previamente doente, com necessidades de cuidados especiais”. Em seu depoimento à polícia, Érika se apresentou como cuidadora do idoso e afirmou ser prima ou sobrinha de consideração dele.

Nesta segunda-feira, um dia antes de falecer, Paulo recebeu alta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu, onde ficou hospitalizado por uma semana tratando uma pneumonia. Seu prontuário hospitalar indica que ele chegou à unidade com dificuldade de locomoção e comunicação, além de pressão baixa. Durante sua estadia no hospital, o idoso necessitou de aparelhos para auxiliar na oxigenação.

No relatório médico do domingo anterior, consta que Paulo teve um episódio de “engasgo, mantendo alimentos na cavidade oral”. Além disso, ele estava “desorientado, pouco responsivo e com pouca interação com o examinador”. Registros de engasgos são frequentes em seu prontuário desde o dia 8, quando foi internado na UPA.