Depois de sofrer acidente que resultou na morte de piloto de 61 anos, jovem se recupera no Hospital Irmã Dulce
Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 17/01/2023, às 09h13
Lorrana Fernanda Rodrigues Felipe, de 23 anos, a jovem que sofreu um terrível acidente enquanto participava de um voo duplo de paratrike — espécie de parapente motorizado — com o piloto José Hélio da Rocha, de 61, que faleceu depois de enroscar o veículo em uma linha de pipa com cerol, atualmente se encontra em estado de recuperação e, na última terça-feira, 10, realizou uma cirurgia para colocação de oito pinos em sua coluna.
O pai de Lorrana, Adão da Silva Felipe, informou ao UOL que, apesar do susto do Natal — dia em que fatídico acidente teria acontecido —, atualmente a jovem passa bem, depois da cirurgia na coluna, já tendo inclusive iniciado algumas sessões de fisioterapia.
Ao todo, o procedimento para colocada dos pinos demorou 5 horas e meia para ser concluído.
Ela passou por cirurgia há sete dias, e precisou fazer a inserção de pinos na mesma região para fixar a parte fraturada, além da descompressão medular, com objetivo de deixar a medula em seu formato normal", informou o Hospital Irmã Dulce, onde Lorrana está internada, em nota.
Já o pai, contou que "ela teve que esperar 15 dias por essa cirurgia, mas graças a Deus está bem. Em dois dias depois da cirurgia, já tinha saído da UTI. Ontem retirou o dreno, está falante e com menos dores para dormir. Ela se sente muito grata por estar viva". A mãe da jovem, ainda, acompanha a filha no próprio hospital.
Agora, os pais da jovem ainda se encontram apreensivos por conta de uma cirurgia próxima, nos calcanhares, que também foram fraturados quando Lorrana atingiu o solo. "Ainda não sabemos quando será essa operação, estamos muito ansiosos. Sabemos que o pior já passou, que era a da coluna, mas mesmo assim a gente fica preocupado, porque as dores nos pés e nas pernas continuam", pontuou Adão da Silva.
O acidente de Lorrana aconteceu na tarde do domingo de Natal, na cidade de Bertioga, no litoral paulista. Na ocasião, a jovem participava de um voo de paratrike com o piloto e instrutor José Hélio da Rocha, até que, enquanto um pouso era iniciado, o veículo aéreo se enroscou em uma linha de pipa com cerol, de forma a rasgar as asas do equipamento — a queda resultou na morte do piloto.
Além do mais, o UOL lembra que a atividade realizada por Lorrana — voar sobre áreas urbanas com veículos aéreos motorizados — não é permitida pelo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, da mesma forma como cobrar por esse tipo de passeio. Após o acidente, a Polícia Civil logo recolheu o equipamento e o encaminhou para a perícia.
