O crime aconteceu no ano de 2007 e desde então muitas buscas vêm sido feitas; essa é a chance dos pais de Madeleine terem resposta
Redação Publicado em 28/11/2023, às 18h00
Na manhã desta terça-feira, o periódico britânico Daily Mail revelou a data do julgamento de Christian Brueckner, o alemão que se tornou suspeito de sequestrar Madeleine McCann em 2007. Com uma ficha criminal marcada por crimes contra menores desde a adolescência, Brueckner enfrentará múltiplas acusações de crimes sexuais em um tribunal alemão.
O promotor alemão do caso confirmou que o julgamento terá início em 16 de fevereiro de 2024, no Tribunal Superior de Braunschweig, e está previsto para durar até três meses, sob a presidência de até cinco juízes.
Uma reviravolta crucial no caso surgiu com a revelação de mensagens trocadas entre Brueckner e um pedófilo, encontradas em seu computador. Essas mensagens podem ser peças-chave para a resolução do "grande quebra-cabeça", de acordo com o chefe da investigação, segundo o portal O Globo. Ele, entretanto, nega que tenha envolvimento no sumiço de McCann.
Hans Christian Wolters, procurador alemão, revelou em uma entrevista à BBC Panorama, em outubro, que Brueckner discutiu o desejo de sequestrar, matar e "documentar isso", mencionando ainda a intenção de "destruir provas". A polícia agora investiga se essas mensagens são relacionadas ao desaparecimento de Madeleine McCann.
Um ex-amigo de Brueckner, Helge Busching, afirmou ter fornecido informações cruciais à polícia de Londres em 2008, entretanto, foi ignorado. Busching descobriu o passado sombrio de Brueckner ao encontrar vídeos de abusos sexuais e, muito antes do desaparecimento de McCann, havia roubado vídeos cassetes e uma arma da casa do suspeito, com um cúmplice.
O caso da menina, que desapareceu aos 3 anos enquanto passava férias com a família em Algarve, Portugal, permanece em aberto. Em 2007, a polícia portuguesa chegou a classificar Kate e Gerry McCann como "arguidos" (suspeitos) na investigação, levantando dúvidas sobre a possível participação do casal no rapto e na ocultação do corpo da criança. No entanto, o próprio procurador pediu desculpas aos pais da menina, na entrevista, pela maneira que foram acusados.
