O módulo lunar tinha como objetivo explorar o satélite, no entanto, após seis horas do voo inaugural, uma falha técnica condenou a missão espacial
Isabelly de Lima Publicado em 09/01/2024, às 12h35
A missão histórica da espaçonave Peregrine, da empresa privada Astrobotic Technology, destinada a realizar o primeiro pouso suave na Lua pelos EUA em mais de 50 anos, enfrentou uma reviravolta dramática.
Após ser lançada com sucesso do Cabo Canaveral, Flórida, na última segunda, 8, a nave espacial enfrentou uma série de desafios técnicos que culminaram em uma "perda crítica de propelente", colocando um fim abrupto à missão.
A Peregrine, com uma carga notável que incluía os restos mortais de membros do elenco de "Star Trek" e amostras de DNA de ex-presidentes dos EUA, enfrentou dificuldades técnicas apenas seis horas após o lançamento.
Os painéis solares da nave não puderam ser direcionados para o sol, resultando na redução da bateria. Apesar dos esforços da equipe, um vazamento crítico de propelente comprometeu a capacidade da espaçonave de realizar o pouso lunar planejado. A Astrobotic emitiu um comunicado lamentando a situação:
Infelizmente, parece que a falha no sistema de propulsão está causando uma perda crítica de propelente. A equipe está trabalhando para tentar estabilizar essa perda, mas dada a situação, priorizamos a maximização da ciência e dos dados que podemos capturar".
A nave, com uma carga avaliada em US$ 108 milhões, pretendia implantar cinco cargas úteis da NASA e 15 outros experimentos na Lua, abrangendo desde medições de radiação até campos magnéticos e gelo superficial. Além disso, a Peregrine carregava restos mortais e amostras de DNA de figuras proeminentes, como o escritor Arthur C. Clarke e membros do elenco de "Star Trek".
Amostras de DNA dos presidentes dos EUA George Washington, Dwight Eisenhower, John F. Kennedy e Ronald Reagan eram as que estavam presentes na nave, de acordo com o Live Science.
Com apenas 40 horas de combustível restante, a Astrobotic ajustou seu objetivo, buscando levar a Peregrine o mais próximo possível da Lua. "Neste momento, o objetivo é aproximar o Peregrine o mais próximo possível da distância lunar antes que ele perca a capacidade de manter sua posição voltada para o Sol e, posteriormente, perca energia", afirmaram representantes da empresa.
