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Notícias / Egito Antigo

Mistério de estátua do Egito Antigo pode ter sido decifrado por nova pesquisa

Estátua retrata cena rara de faraó junto uma pessoa de fora da realeza

Redação Publicado em 28/04/2023, às 12h19 - Atualizado em 29/04/2023, às 13h23

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Estátua misteriosa pode ter tido as identidades de suas personagens elucidadas - Divulgação/National Museums Scotland
Estátua misteriosa pode ter tido as identidades de suas personagens elucidadas - Divulgação/National Museums Scotland

No Egito Antigo, nenhuma estátua tridimensional retratava um membro da realeza e um plebeu juntos. Por causa dessa predominância nos achados arqueológicos, os especialistas na área chegaram a chamar uma escultura de "impossível", porque mostrava um faraó anônimo segurado por um homem misterioso. Agora, o mistério e as dúvidas envolvendo essa obra podem ter sido solucionadas por um novo estudo.

A estátua tridimensional, esculpida em calcário, mostra o faraó sentado no colo de uma pessoa que aparece ajoelhada. De acordo com o LiveScience, o monarca não é retratado em tamanho real, e aparece usando uma coroa azul, também conhecida como a coroa de guerra, com um adorno de serpente, chamado de "ureu", no topo. A escultura está abrigada no National Museums Scotland.

A pesquisadora e curadora do museu, Margaret Maitland, escreveu um artigo sobre a obra em um livro chamado "Deir el-Medina: Through the Kaleidoscope", publicado em 2022. Segundo o texto, Maitland conduziu diversas pesquisas até descobrir que a estátua havia sido encontrada em Deir el-Medina na década de 1850. A cidade já serviu como ponto de moradia dos trabalhadores e construtores que realizavam os túmulos dos faraós.

Mistério

Analisando registros históricos e arqueológicos da cidade de Deir el-Medina, Maitland descobriu que alguns indivíduos na comunidade tinham autoridade para retratar o faraó de maneiras que outros artesãos egípcios talvez não poderiam.

As estátuas eram maneiras de expressar devoção e adoração ao faraó, e por isso a realização delas foi encorajada nessa comunidade específica. Era uma maneira de manter a estabilidade da estrutura social. O faraó na estátua provavelmente é Ramsés II, e foi em seu reinado que esse tipo de culto por escultura começou na cidade de Deir el-Medina.

A pessoa segurando o faraó provavelmente era Ramose, um escriba que tinha um papel de liderança na comunidade. A identidade do líder comunitário é uma hipótese, que pode ser corroborada pelo fato de que ele aparece usando uma guirlanda similar em outra estátua.

Outros arqueólogos discordam da identidade do faraó representado aqui. Betsy Brian, professora da Johns Hopkins University e especialista em Egito Antigo, explicou ao LiveScience que acredita que o monarca na escultura seria Amenófis I, que era a deidade patrona da cidade de Deir el-Medina.