Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Japão

Morre defensor do desarmamento nuclear que sobreviveu à bomba de Hiroshima

O ativista japonês, que carregava na pele as cicatrizes do desastre, tinha 96 anos de idade quando faleceu

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/10/2021, às 15h21

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Trecho de entrevista dada por Sunao Tsuboi ao Euronews - Divulgação/ Youtube/ euronews
Trecho de entrevista dada por Sunao Tsuboi ao Euronews - Divulgação/ Youtube/ euronews

Sunao Tsuboi, ativista japonês que defendia o fim do armamento nuclear ao redor do mundo, morreu nesta quarta-feira, 27, aos 96 anos de idade.

O idoso era sobrevivente da bomba atômica que foi jogada pelos Estados Unidos na cidade de Hiroshima na reta final da Segunda Guerra Mundial. Ele morreu devido à anemia, divulgou um órgão japonês que reúne informações das vítimas dos mortais bombardeios de 1945. 

Memória

Conforme repercutido pelo G1, naquele dia de 6 de agosto, Sunao, que tinha então apenas 20 anos de idade, estava na Faculdade de Engenharia da região quando veio a devastadora explosão que matou centenas de forma instantânea, e provocou ainda a morte de muitos mais no longo prazo, por conta dos efeitos tóxicos da radiação em organismos vivos. 

Apesar de ter sofrido queimaduras através de todo seu corpo, Tsuboi foi capaz de sobreviver à tragédia. Nas décadas seguintes, ele dedicou-se a disseminar a mensagem de que os países deveriam abandonar suas armas nucleares. 

Em Hiroshima sozinha, 70 mil pessoas morreram de forma instantânea devido ao dispositivo de destruição em massa.

O verdadeiro número de vítimas, no entanto, apenas pode ser especulado. Uma das estimativas é que chegue em 140 mil indivíduos apenas nesta cidade, segundo documentado pela BBC em uma matéria de 2020. 

Vale lembrar que no ataque surpresa feito pelo exército japonês ao porto de Pearl Harbor, que teria sido o fator por trás da decisão do governo norte-americano de lançar as bombas atômicas, morreram 2 mil pessoas.