A vela solar faz uso da luz do Sol para gerar propulsão e promete ser um grande avanço nos estudos do espaço para futuras missões
Isabelly de Lima Publicado em 19/02/2024, às 09h00
A NASA, em colaboração com a Redwire Space em Longmont, Colorado, alcançou um marco significativo ao implantar com sucesso um dos quatro quadrantes idênticos de uma vela solar gigante. Este avanço tecnológico visa possibilitar a propulsão de espaçonaves por meio da radiação solar, criando uma espécie de "barco a vela espacial".
Este foi um último passo importante antes de estar pronto para ser proposto para missões espaciais. O que vem a seguir é que os cientistas proponham o uso de velas solares em suas missões. Atingimos nosso objetivo e demonstramos que estamos prontos para voar", declarou Les Johnson, tecnólogo da NASA, em comunicado oficial.
Semelhante a um veleiro que utiliza o vento para se movimentar, a vela solar aproveita a luz solar refletida para gerar propulsão. As partículas de luz, fótons, não possuem massa, mas ao incidirem em uma superfície reflexiva, como o material da vela solar, transferem parte de seu impulso. No vácuo do espaço, com quantidade suficiente de fótons, a vela solar pode acumular energia ao longo do tempo.
Quando utilizada em sistemas solares com abundância de radiação solar, a vela solar pode continuar a acelerar enquanto reflete a luz. Isso possibilita que naves impulsionadas por velas solares alcancem velocidades muito superiores às de foguetes com combustível líquido.
Segundo o portal O Globo, as principais vantagens das velas solares são sua independência de combustível e sua leveza. A vela usada no experimento possui 1.652 metros quadrados quando totalmente aberta e é feita de um polímero revestido com alumínio de espessura microscópica, mais fino que um fio de cabelo humano.
"No futuro, poderemos colocar grandes lasers no espaço que direcionam seus feixes para as velas à medida que elas partem do sistema solar, acelerando-as a velocidades cada vez mais altas, até que eventualmente estejam indo rápido o suficiente para alcançar outra estrela em uma quantidade razoável de tempo", concluiu Johnson.
