Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Música

“O que pode vir além de raiva, tristeza?”, diz Paul McCartney sobre morte de John Lennon

Em entrevista ao The New York Times, o ex-Beatle diz que é “difícil” falar sobre a perda do amigo e colega de banda que completa 40 anos essa semana. “Não consigo pensar sobre isso”

Fabio Previdelli Publicado em 07/12/2020, às 10h34

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
John Lennon ao lado de Paul McCartney em 1964 - Wikimedia Commons
John Lennon ao lado de Paul McCartney em 1964 - Wikimedia Commons

Na próxima quarta-feira, 9 de dezembro, a morte de John Lennon completa 40 anos. Porém, mesmo após todos esses anos, a perda do ex-vocalista dos Beatles ainda não foi superada por seu companheiro de banda: Paul McCartney.  

Em entrevista ao The New York Times, que foi repercutida pela Rolling Stones, o artista ainda revela que é muito “difícil” pensar em Lennon e em tudo que aconteceu com ele. “Repassei o cenário na minha cabeça”. 

“Muito emocional. Tanto é que não consigo pensar sobre isso. Meio que implode. O que pode vir além de raiva, tristeza? Como qualquer luto, a única saída é lembrar de como John era bom. Porque eu não consigo superar o ato sem sentido”, diz. 

McCartney, agora com 78 anos, continua: “Não consigo pensar sobre isso. Tenho certeza que é alguma forma de negação. Mas a negação é a única maneira de lidar com isso”. O ex-Beatle ainda diz que, ao longo dos anos, sempre buscou encontrar algo que o ajudasse a superar a perda.  

Uma dessas coisas que o ajudou, segundo o próprio explica, foi a recente entrevista que teve com o filho de John, Sean Lennon. “Isso foi bom. Falar sobre como John era legal e preencher algumas lacunas”. 

 “São pequenas coisas que eu posso fazer (…) Mas, sabe, depois que ele foi morto, levaram-no para a funerária de Frank Campbell, em Nova York. Não passo por lá sem dizer: ‘Oi, John. Tudo bem, John? Olá, John’”, concluiu.   

A morte de Lennon

Era uma segunda-feira, 8 de dezembro de 1980, pouco antes das 22h, John Lennon estava em frente ao Edifício Dakota, onde vivia, quando autografava seu recém-lançado álbum Double Fantasy para Mark Chapman: aquele mesmo que mais tarde puxaria o gatilho dando fim à vida do ícone do rock mundial.

Mark Chapman seria um fã do músico John Lennon, vocalista dos Beatles. Prova disso é que no mesmo dia que o assassinou - ou seja, apenas horas antes de atirar cinco vezes no artista - o psicopata pediu um autógrafo para ele. 

O ato do assassino não foi um impulso, e sim algo que ele já planejava fazia tempo, a ponto de sua própria esposa já saber a respeito. Infelizmente para o mundo da música, ela não pôde impedi-lo. 

Inclusive, Mark revelou em 2010 que tinha uma lista de figuras que gostaria de assassinar, mantendo como único critério o fato delas serem famosas. Teria sido apenas “por conveniência” que acabara tirando a vida de Lennon, e não das outras. 

Curiosamente, não tentou fugir após cometer o crime. Em vez disso, começou a ler um exemplar do romance “Apanhador no campo de centeio”, até que policiais afinal chegaram à cena do assassinato, predendo-o.  

Chapman foi condenado à prisão perpétua, cumpriu 20 anos de pena e ficou elegível para liberdade condicional em 2000. Com o 11º pedido negado, ele ainda pode solicitar outra vez uma nova chance de sair da prisão daqui dois anos.